A Grécia vai reduzir o IVA da restauração, atualmente nos 23%, para
os 13% a partir de 01 agosto e até ao final do ano, anunciou hoje o
primeiro-ministro, considerando que a medida vai diminuir a evasão
fiscal.
"Pela primeira vez não temos apenas medidas negativas,
temos mudanças positivas", disse o chefe do Governo, Andonis Samaras,
num discurso transmitido pelas televisões.
"Não foi fácil, mas
disse à 'troika' [Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo
Monetário Internacional] que a redução de 23 para 13% vai aumentar a
receita fiscal e diminuir a evasão fiscal", disse o líder do executivo,
acrescentando que espera que esta medida evite muitos encerramentos de
pequenos negócios e que crie novos postos de trabalho.
A redução
da taxa do IVA na restauração foi conseguida depois de um acordo com a
'troika' e estará em vigor entre agosto e dezembro, o que permitirá à
delegação de credores examinar os primeiros resultados desta medida, já
em setembro.
Em troca da redução do IVA, o executivo criou um
imposto especial sobre os bens de luxo, que deverá render 136 milhões de
euros por ano, o que permite compensar a possível descida na receita
fiscal do IVA na restauração.
Em Portugal, a proposta do PS para a
descida do IVA na restauração foi chumbada no Parlamento no final de
junho, mas as negociações em curso entre o PSD, o CDS e o PS podem abrir
espaço para que a medida entre em vigor.
No princípio do mês, a
Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP)
reuniu-se com o secretário-geral do PS, António José Seguro, para
"agradecer o empenho" dos socialistas na redução da taxa de IVA aplicada
a este setor, e mostrou-se esperançado em que a nova ministra das
Finanças, Maria Luís Albuquerque, opte por "menos diálogo e mais
resultados", principalmente no que diz respeito aos resultados do grupo
de trabalho nomeado pelo Governo para estudar este tema.
O
presidente da AHRESP, Mário Gonçalves Pereira, disse não compreender
como é que Portugal, "um país no fim da Europa" e "de turismo", tem "o
IVA mais alto no setor da restauração e bebidas" e lembrou que "a nível
da Europa há uma diretiva comunitária que aconselha os Estados-membros a
praticarem a taxa reduzida de IVA por este ser um setor de mão-de-obra
intensiva".
in Jornal i
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