Milhares de trabalhadores da McDonald´s e de outras cadeias de ‘fast
food’ dos Estados Unidos fizeram greve na quinta-feira, numa ação que os
organizadores consideraram o maior protesto de sempre no setor.
Trabalhadores de 60 cidades pararam de virar hambúrgueres ou de
fritar batatas para se juntarem numa luta a exigir o pagamento de 15
dólares à hora (11,3 euros) – o dobro do que a maioria ganha – e o
direito a formar um sindicato sem retaliações por parte das entidades
patronais.
“Eles fazem milhões que saem do nosso esforço. Eles têm condições
para nos pagar melhor”, disse Shaniqua Davis, uma trabalhadora de 20
anos, durante uma manifestação à porta do McDonald´s na 5ª. Avenida, em
Nova Iorque.
Esta funcionária tem um filho de um ano e trabalha numa filial do
restaurante no bairro do Bronx, onde ganha 7,25 dólares (5,47 euros) à
hora.
“Tenho contas para pagar e preciso comprar fraldas. Mal consigo
comprar comida e, se não fossem os vales de compras e alguma ajuda que
vou tendo, estaria a dormir na rua”, lamentou.
Já os trabalhadores da cadeia “Kendall Fells”, do grupo “Fast Food
Forward”, não têm seguro de saúde nem nenhuma garantia de horas.
O protesto começou em Nova Iorque em novembro do ano passado com uma
greve de 200 trabalhadores, mas depressa se alastrou a todo o país com
greves durante o mês de julho em Chicago, Detroit, Flint, Cidade de
Kansas, Milwaukee e St Louis.
Na quinta-feira, os organizadores do protesto disseram que a
manifestação atingiu mil restaurantes das maiores cadeias de ‘fast
food’, incluindo Burger King, Wendy’s, Taco Bell, Pizza Hut e KFC.
“Parem os hambúrgueres, parem as batatas fritas, façam os salários aumentar”, é a frase que dá mote ao protesto.
A maior parte dos três milhões de trabalhadores de cadeias de ‘fast
food’ nos Estados Unidos não trabalham a tempo inteiro e não podem
contar com as gorjetas para complementar o ordenado, como acontece
noutros restaurantes e bares.
A associação norte-americana de restauração veio entretanto defender a
indústria, sublinhando que ela cria oportunidades através de postos de
trabalho que “atendem às necessidades críticas da economia”.
Fonte: Notícias ao Minuto
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