A revista do chef britânico rendeu-se ao "Amazing Algarve" e foca a gastronomia descoberta em Olhã.
É a viagem à descoberta das maravilhas de Olhão e da Culatra, é a
gastronomia e, no total, são 12 páginas na edição de Agosto da revista
oficial do célebre chef britânico Jamie Oliver, a Jamie. Na capa, a chamada à sedução: “Portugal's Amazing Algarve”.
É um grande destaque a um “outro Algarve”, assinado pelo jornalista de
viagens e gastronomia Kevin Gould com fotografia de David Loftus,
descoberto em Olhão (“a apenas 15 minutos do aeroporto de Faro”,
sublinha-se). "Uma cidade que parece intocada pela vida moderna, onde as
pessoas vivem do mar e a comida é simplesmente fabulosa", resume-se.
A viagem começa bem: “Não há um turista de pele avermelhada,
espreguiçadeiras às riscas ou um pub irlandês à vista”. E continua
melhor: “Em vez disso, descobrimos uma cidade piscatória
maravilhosamente desalinhada e devidamente autêntica e os seus adoráveis
mercados”.
O artigo segue no mesmo ritmo, com o repórter a desbravar o centro
histórico com traços árabes - entre vielas estreitas e “casas em ruínas
a pedirem para serem amadas e restauradas” - ou a salientar os
pergaminhos piscatórios e conserveiros locais.
Porque aqui o que mais interessa é o passeio gastronómico, o verdadeiro
ponto de partida são os “mercados gémeos” – “um para o peixe, outro
para frutas, vegetais, carne e queijo” –, que foram “compreensivamente
restaurados”. “Agarrados às suas paredes de tijolos vermelhos há bares e
cafés onde mariscadores, pescadores e pessoas do mercado partilham
bebidas e insultos bem-dispostos durante todo o dia”, descreve-se.
A visita prossegue por zonas onde se compram aves, se come
economicamente em restaurantes de peixe e balcões onde se podem comprar
amêijoas ou sapateiras. Entre o que encontra nos mercados – “de uma
impressão intemporal” – e na cidade, pinta um quadro de uma terra que
vive “ao ritmo das estações e das marés”, de peixe e marisco acabados de
apanhar, de balcões a venderem frutas sumarentas, todo o tipo de
vegetais ou mesmo sacos de caracóis, num sítio onde se pode comprar “um
coelho vivo”, “frascos de mel que brilham como precioso âmbar” ou
“flores silvestres”. “Os mercados de Olhão vibram com vida”, escreve.
Com a cidade como epicentro da apanha da amêijoa, o repórter
acompanhará ainda um apanhador, Papa Leite, como é referido – um
“encantador de amêijoas” –, durante o seu trabalho.
O artigo foca ainda outras razões para a “autenticidade” de Olhão,
cidade que não tendo praias, tem “algumas das melhores praias da Europa à
distância de uma viagem de barco”. Sublinhando a Ria Formosa, destaca
um passeio à ilha da Culatra, onde “se pode encontrar uma mão-cheia de
bares (qualquer um dos quais lhe dará a provar o peixe grelhado e
batatas dos seus sonhos)”.
Como boa revista de um chef, não falta receita sob o mote Olhão: online, pode provar a variação de uma "Acorda de Mariscos".
Sem comentários:
Enviar um comentário