A marca de padarias de baixo custo "Low-Cost.Come", cujo primeiro
franchising nasceu na Feira em julho de 2012, abre hoje a sua 16.ª loja
no país e prepara-se para alargar o conceito a estações ferroviárias
portuguesas e ao Brasil.
Serviço self-service, louça descartável e acordos com os fornecedores
para garantia de grandes quantidades a menor preço são as bases do
projeto, que arrancou em 2011 em Oliveira de Azeméis, cresceu para uma
rede de três lojas e, há um ano, arrancou para o sistema de franchising -
cedendo duas lojas próprias a novos investidores e estimulando a
criação de 13 novas padarias em todo o país.
"Já criámos 200 postos de trabalho e até final de 2013 contamos
aumentar esse número para cerca de 400", declarou à Lusa Paulo Costa,
mentor de todo o projeto. "Temos várias lojas em Lisboa, também já
chegámos ao Funchal e até final do ano devemos ultrapassar as 25 lojas a
nível nacional".
Graças ao interesse de uma potencial franchiser em abrir mais uma
Low-Cost.Come na gare de Campanhã, no Porto, o empresário tem ainda em
vista a criação de novos negócios em várias estações de comboios. "A
REFER ficou entusiasmadíssima com o conceito e apresentou-nos um projeto
nacional", revela. "Agora estão a fazer o levantamento de todas as
estações com espaços disponíveis para o franchising, porque têm
consciência de que a sua oferta de restauração está desajustada em
relação ao perfil do utilizador dos comboios".
"A faturação média de uma padaria Low-Cost.Come é acima de 1000 euros
por dia", revela Paulo Costa. "Pode parecer pouco, mas, considerando
que o consumo médio de um cliente também é de 1 euro, isso representa
1000 clientes diariamente".
No caso das estações de caminho-de-ferro, o criador do franchising
não esconde o otimismo quanto ao potencial do negócio em causa, já que,
só na gare da Amadora, por exemplo, o movimento médio será de 14 milhões
de utentes por mês. "Claro que nesses 14 milhões há muitas pessoas
repetidas", admite o empresário e pasteleiro. "Mas elas comem todos os
dias e também vão repetir o café ou o lanche muitas vezes".
A internacionalização surge de forma "quase inevitável" num processo
de crescimento a cuja velocidade já se renderam mesmo os fornecedores
menos recetivos a descontos - como uma marca reputada que antes não
queria baixar o preço em bebidas de pressão e outra que reconheceu que
não há muitas cadeias de lojas nacionais a consumirem, no total, " mais
de 1800 quilos de café por mês".
Para Paulo Costa, a aposta mais natural no sentido da afirmação
externa é assim o Brasil, "cujos hábitos alimentares são muito parecidos
com os portugueses". A Câmara de Comércio do Rio de Janeiro já deu
início ao processo e deverá para o efeito encontrar um
master-franchiser, que, libertando a casa-mãe portuguesa desses
procedimentos, coordene a operação em terras brasileiras e aí promova o
crescimento da rede de padarias.
Por cá, o investimento inicial num estabelecimento da marca ronda os
200.000 euros e o fundador da marca admite que, embora a maioria dos
seus franchisados tenha investido capital próprio na abertura das
padarias, "os mais recentes já estão a conseguir empréstimos na banca".
A 16.ª padaria Low-Cost.Come abre hoje em Picoas, em Lisboa. Até
meados de setembro, deverão ainda ser inaugurados novos franchisings em
Fafe, na Maia, em Gaia e no Cartaxo.
Fonte: Noticias ao Minuto
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