O Governo Regional da Madeira anunciou que há “potenciais interessados”
em viabilizar a Indústria de Laticínios da Madeira (ILMA), cuja maioria
dos credores aprovou hoje o encerramento da empresa e a liquidação do
património.
“É do conhecimento do Governo Regional a existência de potenciais
interessados em viabilizar a empresa, cujas propostas estão dependentes
das análises em curso”, lê-se num comunicado da Secretaria Regional do
Ambiente e dos Recursos Naturais.
No mesmo comunicado, a secretaria informa que “apesar da deliberação
hoje tomada, não é definitiva a decisão de encerrar a ILMA, dado que,
nos termos da Lei, pode a empresa ser viabilizada, desde que,
proximamente, surja proposta nesse sentido, aceite pelos credores”.
“Apesar de a viabilização da empresa estar dependente da existência
de propostas e da aceitação dos respetivos credores e, portanto, fora
dos poderes do Governo Regional, tal como até aqui, este continuará a
fazer para que seja encontrada a solução que viabilize a empresa, em
prol da economia e do emprego na região”, acrescenta a secretaria.
A maioria dos credores aprovou o encerramento da ILMA, situação
que atira para o desemprego cerca de 60 trabalhadores, e votou também
favoravelmente a liquidação do seu património.
Após a assembleia de credores, que decorreu no Tribunal Judicial do
Funchal, o responsável do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias
Alimentares de Conservas do Centro Sul e Ilhas, Maria José Afonseca,
adiantou que neste momento estão na empresa cerca de 60 trabalhadores
que “aguardavam sempre com fé que a ILMA ia manter-se”.
Segundo a sindicalista, os trabalhadores da unidade, onde a região
detém dois por cento do capital social, “têm, desde 2010, subsídios de
férias e de Natal em todos os anos” a receber e, este ano, “ainda não
receberam praticamente senão um salário”.
O administrador de insolvência, Pedro Ortins de Bettencourt, que em
julho anunciou que a sua proposta era o encerramento da empresa, admitiu
que a “generalidade” dos créditos laborais, num total de créditos
reconhecidos na ordem dos 9,1 milhões de euros, será satisfeita com a
venda do património.
“Pessoalmente parece-me que, pelo menos, o grosso dos créditos dos
trabalhadores acabará por ser satisfeito com a venda do património”,
afirmou, adiantando: “Agora não é uma boa notícia, uma boa notícia era
conseguirmos assegurar a transmissão, que houvesse um interessado na
aquisição do todo, do bolo completo, e que a ILMA continuasse a laborar e
a produzir na Madeira”.
Fonte: Notícias ao Minuto
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