segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Letra. A cerveja minhota é para ver e conhecer antes de provar


Filipe Macieira e Francisco Pereira, de 28 anos, lançaram um desafio aos clientes: aprender tudo sobre a cerveja que produzem enquanto assistem ao seu fabrico, em Vila Verde, Braga. 

Os dois investigadores de Engenharia Biológica da Universidade do Minho apostaram num modelo de negócio que junta distribuição e degustação na própria fábrica. “Queremos incutir a cultura cervejeira aos clientes, convidando-os a assistir ao fabrico”, explica Filipe. 

Este mês foi lançada no mercado a marca LETRA, mas a ideia nasceu quando os amigos participaram num projeto de produção de cerveja industrial, durante o mestrado e se aperceberam de uma lacuna no mercado. “Havia cada vez mais procura por sabores diferentes e, por consequência, um aumento da importação de cervejas estrangeiras.” 

Depois de muitas experiências caseiras, decidiram arriscar com a cerveja artesanal minhota. Participaram num curso de ideias de negócio e puseram preto no branco tudo o que queriam fazer. 

Depois, testaram uma série de cervejas artesanais em provas e feiras. “Percebemos que as nossas cervejas tinham mais saída do que as de referência internacionais. O que nos motivou a abrir, em fevereiro de 2011, a Fermentum - Engenharia das Fermentações, spin-off da UMinho.” 

Continuaram a criar e aperfeiçoar, até abrirem a fábrica, num edifício recuperado em Vila Verde. Foram 350 mil euros de investimento. Da fábrica saem quatro cervejas, A, B, C e D, produzidas artesanalmente e com ingredientes 100% naturais - água, maltes e lúpulos. Agora preparam-se para juntar mais uma letra ao catálogo, “uma muito portuguesa que vai dar que falar, além de receitas exclusivas e limitadas”, o trunfo para começarem a exportar em 2015.  

A LETRA faz quatro cervejas, que custam entre 3,20 euros e 7,5 euros. ° A é uma Weiss, com elevado teor de trigo e frutada pela fermentação dos açúcares do trigo; B é uma pilsner, parecida com as cervejas comuns mas com extenso processo de maturação e uso de lúpulos especiais. C é uma stout preta e “equilibra o torrado dos maltes com os lúpulos germânicos e americanos”. D é uma red ale, a ruiva, com aroma e sabor intenso.



Fonte: Dinheiro Vivo

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