Os
dois investigadores de Engenharia Biológica da Universidade do Minho
apostaram num modelo de negócio que junta distribuição e degustação na
própria fábrica. “Queremos incutir a cultura cervejeira aos clientes,
convidando-os a assistir ao fabrico”, explica Filipe.
Este mês
foi lançada no mercado a marca LETRA, mas a ideia nasceu quando os
amigos participaram num projeto de produção de cerveja industrial,
durante o mestrado e se aperceberam de uma lacuna no mercado. “Havia
cada vez mais procura por sabores diferentes e, por consequência, um
aumento da importação de cervejas estrangeiras.”
Depois de muitas experiências caseiras, decidiram arriscar com a
cerveja artesanal minhota. Participaram num curso de ideias de negócio e
puseram preto no branco tudo o que queriam fazer.
Depois,
testaram uma série de cervejas artesanais em provas e feiras.
“Percebemos que as nossas cervejas tinham mais saída do que as de
referência internacionais. O que nos motivou a abrir, em fevereiro de
2011, a Fermentum - Engenharia das Fermentações, spin-off da UMinho.”
Continuaram
a criar e aperfeiçoar, até abrirem a fábrica, num edifício recuperado
em Vila Verde. Foram 350 mil euros de investimento. Da fábrica saem
quatro cervejas, A, B, C e D, produzidas artesanalmente e com
ingredientes 100% naturais - água, maltes e lúpulos. Agora preparam-se
para juntar mais uma letra ao catálogo, “uma muito portuguesa que vai
dar que falar, além de receitas exclusivas e limitadas”, o trunfo para
começarem a exportar em 2015.
A LETRA faz quatro cervejas, que
custam entre 3,20 euros e 7,5 euros. ° A é uma Weiss, com elevado teor
de trigo e frutada pela fermentação dos açúcares do trigo; B é uma
pilsner, parecida com as cervejas comuns mas com extenso processo de
maturação e uso de lúpulos especiais. C é uma stout preta e “equilibra o
torrado dos maltes com os lúpulos germânicos e americanos”. D é uma red
ale, a ruiva, com aroma e sabor intenso.
Fonte: Dinheiro Vivo
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