quinta-feira, 24 de abril de 2014

Rigor mortis



Sensorialmente, as alterações da qualidade da carne e do pescado são percebidas “a olho-nú” logo após a captura. 

Destas alterações, a mais dramática é o aparecimento do rigor mortis - definido como um período transitório de rigidez muscular, que se segue à morte do indivíduo (Randal et al., 2002).

O início e a duração do rigor mortis variam consoante a espécie e as condições ambientais a que os espécimes estão expostos.

Existem espécies em que esta alteração ocorre imediatamente a seguir à morte, enquanto noutras pode demorar mais de 20 horas. Em relação à duração do rigor mortis, pode durar algumas horas (i.e. 1 a 2 horas) até mais de 100 horas, em algumas espécies. 


De qualquer forma, é geralmente aceite que quanto maior for a temperatura ambiente, mais rápidas serão as fases anteriormente descritas (Huss, 1995).

No caso do pescado, de um modo geral:

a) o corpo dos peixes perde gradualmente o brilho e a pigmentação viva inicial (Figura 1a) tornando-se baço e descolorado (Figura 1b).

b) Os olhos tornam-se chatos e eventualmente côncavos e a pupila negra viva no centro de uma córnea transparente passa a cinzenta rodeada por uma córnea opaca ou leitosa (Figura 1a vs. 1b).

c) As guelras, de cor vermelha, sem muco e com cheiro a algas marinhas logo após a captura, tornam-se acastanhadas, rodeadas por um muco opaco e espesso e desenvolvem um odor a ranço (Figura 1c vs. 1d). 

 


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