Dioxinas é o nome
genérico dado ao conjunto de 75 dibenzo-p-dioxinas policloradas (PCDD) e
135 dibenzofuranos policlorados (PCDF), dos quais 17 apresentam toxicidade
revelante. As dioxinas não são produzidas intencionalmente, ocorrem numa série
de processos químicos, e formam-se em pequena quantidade em quase todos os
processos de combustão.
Os
policlorobifenilos (PCB) sob a forma de dioxinas foram substâncias químicas
produzidas industrialmente, mas cuja produção se encontra proibida desde 1985.
Dioxinas
e PCB’s são compostos estáveis, persistentes, altamente tóxicos, cancerígenos,
teratogénicos, que podem aparecer em matrizes orgânicas, inorgânicas e
biológicas.
A
via mais relevante de exposição humana às dioxinas e PCB’s prende-se com a
ingestão de alimentos, sendo a principal fonte os produtos de origem animal
(carne, leite, ovos, peixe e seus derivados). Por conseguinte, é cada vez mais
urgente controlar estes contaminantes não só nos géneros alimentícios mas logo
no início da cadeia alimentar, ou seja, a nível das matérias-primas e dos
alimentos compostos para animais.
O Laboratório de
Físico-Química (LFQ), do Departamento de Riscos Alimentares e
Laboratórios (DRAL) da ASAE detém o estatuto de Laboratório Nacional de
Referência e está acreditado para estes ensaios. Está também integrado na rede
de laboratórios Nacionais de Referência da UE para a análise de Dioxinas e PCB
sob a forma de dioxina em géneros alimentícios e matérias-primas e produtos
destinados à alimentação animal.
Dotado
de técnicos altamente especializados neste tipo de análise, presta serviços para
organismos oficiais e entidades particulares, designadamente associações de
produtores e operadores económicos diversos, que necessitam controlar a
qualidade quer das suas matérias primas quer dos seus produtos acabados, de
modo a cumprirem com os limites legais estabelecidos nas directivas comunitárias,
para as diferentes matrizes.
Nos últimos 12 meses
o LFQ analisou, para ensaios, um total de 112 amostras: 90 amostras no âmbito
de controlo oficial (18 do PCNA e 72 de outros organismos públicos) e 22
amostras de clientes externos. Este controlo é fundamental para a garantia da
segurança alimentar sendo este o único laboratório nacional com capacidade de
realização destas análises.
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