quarta-feira, 8 de abril de 2015

Verificação e validação da higienização: investigação e desenvolvimento para o futuro?



O desenvolvimento de métodos alternativos rápidos de monitorização de resíduos em superfícies contra os métodos da década passada que eram lentos e não pró-activos auxiliam e ajudam a garantir maior “shelf life”, economia no processo de fabrico devido a dosagem correcta de detergentes e desinfectantes, menor trabalho e maior produtividade. 

Na gestão de processos ganha-se um grande aliado no combate às contaminações sendo importante compreender que estes novos sistemas não foram desenvolvidos para a substituição dos métodos tradicionais microbiológicos, mas sim visando a co-existência dos dois métodos o que se traduziria no ponto de equilíbrio ideal para qualquer processo de implementação e manutenção do HACCP. 

 Caberá sempre ao gestor da garantia da qualidade buscar uma forma de detectar e corrigir gargalos no processo produtivo de forma a torná-lo mais seguros, rápidos e eficazes a fim de manter a credibilidade e o reconhecimento do consumidor ao produto. 

Tal como qualquer outra área da ciência também a ciência aplicada ao ramo alimentar está em constante mutação e evolução, pelo que uma área tão sensível como a higiene não poderia ser diferente. Assim, começam a aparecer cada vez mais investigadores a interessarem-se por este tema não só sensibilizados pela temática da saúde pública mas também por esta área se poder vir a constituir como uma mais-valia comercial para os centros ou empresas que os albergam.

Deste modo alguns artigos e publicações referem já os primeiros avanços em testes que sem o uso de instrumentos conseguem detectar resíduos de proteínas, hidratos de carbono, gorduras ou até de certos níveis bacterianos resultantes de higienizações mal feitas. Os cientistas chamam a estes produtos a “Próxima Geração de Testes” para detecção de uma má higienização. 


Com efeito, estes testes propõem auxiliar e favorecer, principalmente, as pequenas e médias empresas que agora poderão monitorizar e controlar melhor seus processos uma vez que vários estudos comprovam a capacidade destes testes de detectarem baixos níveis de resíduos proteicos, como os encontrados na indústria de produtos prontos como saladas, vegetais preparados e cozidos. Nestes mesmos estudos comprovou-se a capacidade dos testes detectarem hidratos de carbono e fosfatos em apenas um minuto. 



O futuro dirá se são fiáveis e por outro lado, rentáveis, viáveis e fiáveis.

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