terça-feira, 31 de maio de 2016

Universidade do Minho cria alimentos mais nutritivos com nanotecnologia

Utilizar a nanotecnologia para aumentar os resultados obtidos com alimentos funcionais - produtos enriquecidos com aditivos alimentares que podem ter propriedades curativas ou preventivas - é o objetivo principal do projeto que o Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho está a desenvolver, em parceria com o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET). 

Os produtos criados serão incorporados em alimentos e testados num sistema gastrointestinal dinâmico, que simula a digestão no corpo humano.

A grande inovação deste projeto assenta no facto de procurar, utilizando a nanotecnologia, desenvolver produtos que aumentam a quantidade de compostos bioativos - vitaminas, probióticos e antioxidantes, entre outros – que são efetivamente absorvidos pelo corpo humano, aumentando, assim, a eficácia dos alimentos.

Ao mesmo tempo, também se pretende que os novos produtos mantenham por mais tempo a chamada biodisponibilidade, ou seja, a velocidade e o grau com que uma substância ativa é absorvida a partir de um medicamento ou alimento e fica disponível dentro do corpo humano, explica a universidade em comunicado.

O projeto está organizado em quatro fases. O primeiro passo engloba a seleção das matérias-primas a utilizar na produção das nanoestruturas. Posteriormente, será feita a caracterização dos materiais selecionados em termos das suas propriedades físicas relevantes e serão efetuados testes de toxicidade e bioacessibilidade. Finalmente, os compostos produzidos serão submetidos a testes no sistema gastroinstestinal dinâmico, equipamento que simula a digestão humana e que foi desenvolvido no CEB.

Ana Cristina Pinheiro, a investigadora responsável por este projeto, afirma que o objetivo é obter "uma considerável gama de opções de sistemas de libertação funcionalizados, que serão desenvolvidos de forma a serem comestíveis e por isso aplicáveis na indústria alimentar".
"Serão produtos com uma bioatividade maximizada, dado que haverá aumento da biodisponibilidade, ou seja, compostos bioativos com elevada capacidade de absorção", refere ainda Ana Cristina Pinheiro, que acrescenta, "estas nanoestruturas funcionalizadas poderão ser usadas como plataformas para a produção de produtos inovadores com características melhoradas, tendo em consideração as mais recentes exigências dos consumidores".

Este projeto do CEB deverá também permitir obter informações fundamentais sobre a segurança das nanoestruturas no interior do corpo humano durante os processos de digestão e absorção. Um tema que ainda desperta bastante interesse na comunidade científica, dado que se desconhecem, alguns pormenores sobre o efeito destes produtos, ainda recentes, em humanos.

Neste âmbito, serão realizados testes nos quais o sistema gastrointestinal dinâmico será combinado com modelos celulares in vitro de modo a avaliar a toxicidade das nanoestruturas e monitorizar a resposta inflamatória.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Dieta: Há alguma ciência nisto?

As Recomendações Alimentares aos norte-americanos para 2015-2020 estão envoltas em controvérsia. Há evidência científica sólida que sustente os conselhos sobre o que se deve comer? Muitos especialistas dizem que não e culpam as recomendações dos últimos 35 anos pela epidemia da obesidade nos EUA.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Quando é seguro aquecer a comida?

Aquecer comida parece um jeito óptimo de evitar o desperdício e economizar. Mas quando esse simples ato pode ser perigoso? O médico e apresentador da BBC Michael Mosley foi atrás da resposta.

Fonte: BBC

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Brasil à frente da segurança alimentar no mundo

A combinação de água, terras cultiváveis, tecnologia e alta produtividade fará do Brasil um grande protagonista na produção de alimentos diante do aumento crescente da classe média no mundo. A análise é do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), André Nassar, que destaca ainda a importância estratégica do mercado asiático para o agronegócio brasileiro.
 
Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) mostram que, enquanto a população mundial cresce, a disponibilidade de terras agricultáveis cai continuamente.

O Brasil é exceção nesse cenário adverso.  Com uma das maiores taxas de produtividade do mundo, o país apresenta potencial para expandir sua área agrícola em 70 milhões de hectares. Com essa área, é possível incrementar em 136% a atual produção de grãos e fibras, por exemplo, que hoje é de cerca de 210 milhões de toneladas. 

A FAO espera que o Brasil aumente sua produção agropecuária em 40% até 2019. Somente nos últimos 20 anos, a produção de carne de aves cresceu 285%, e a bovina, 77%.

“O mundo deverá ter 7,5 bilhões de pessoas em 2020, mas a expectativa é de que as áreas agricultáveis decresçam”, observa o secretário.  Na sua avaliação, a disponibilidade de água e terra, além de tecnologia e dos ganhos de produtividade, colocam o Brasil como um dos mercados com maior potencial para abastecer o mundo. “Temos aqui o que não encontramos em país algum.”

Proteína animal 
Em 10 anos, acrescenta Nassar, a Ásia será o maior consumidor mundial de proteína animal do mundo e precisará importar cada vez mais para garantir a segurança alimentar de suas populações. Esse cenário representa uma grande oportunidade para o agronegócio brasileiro.

O sul e o sudeste asiáticos concentram 51% da população mundial e consomem quase um terço de tudo o que é produzido no mundo, como aves (28%), bovinos (20%), lácteos (31%) e açúcar (37%). Ao mesmo tempo, essa região possui apenas 18% das terras disponíveis para agricultura no globo. 
"Aí está a importância estratégica do mercado asiático para o Brasil", reforça Nassar.

Não apenas o crescimento populacional, mas também o aumento da renda e da qualidade de vida dos asiáticos elevarão a demanda por alimentos nas próximas décadas. Em 2030, 66% da classe média do mundo se concentrará ali.

Os asiáticos, segundo dados da FAO, elevarão seu consumo anual de alimentos de 48 quilos por habitante para 52 kg/hab/ano em 2024. Esse salto representará um adicional de 44 milhões de toneladas acumulados em 10 anos.

Inflação 
Nassar aponta ainda que a inflação dos alimentos no mundo tem crescido mais do que os demais bens de consumo. A China, por exemplo, registrou aumento de 50% no preço dos alimentos entre janeiro de 2014 e outubro de 2015; o México, 37% e a Rússia, 20%.

A escalada de preços indica necessidade de aumentar as importações, uma vez que o crescimento da produção própria de alimentos nesses países é limitado. “Isso mostra que o consumo está aumentando, mas a oferta não consegue acompanhar. São regiões que terão que importar para controlar seus preços. Está claro que a expansão da importação será uma política pública dessas nações, o que abre oportunidade para países produtores como o Brasil”, ressaltou o secretário.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Dispositivo testa presença de glúten em alimentos

A discussão sobre o consumo de glúten cresce cada vez mais. Além dos celíacos, algumas pessoas estão começando a perceber que não é normal se sentir enjoado e inchado após consumi-lo e que isso pode significar uma sensibilidade ou até mesmo alergia a esse tipo de alimento. Pensando nisso, o 6SensorLabs criou o Nima, um dispositivo que facilita a refeição deste público.

Pessoas com alergias alimentares costumam identificar rapidamente quais produtos podem ser um risco para o consumo, então, o Nima foi pensado mais para aqueles momentos de dúvida e só demora dois minutos para dar o resultado.

Seu funcionamento é simples: basta colocar um amostra do alimento no aparelho e ligá-lo. Em dois minutos, se o alimento não tiver glúten, sua tela mostrará uma carinha feliz, caso contrário ela aparecerá triste.

Os resultados dos testes são enviados para um banco de dados que a companhia está construindo e que pode, futuramente, ser adicionado em aplicativos como o Foursquare. Ainda em pré-venda no exterior, a parte descartável para colocar as amostras no aparelho custam US$ 3,99, enquanto o Nima sai por US$ 249.


Fonte: Revita Pequenas Empresas & Grandes Negócios - Globo

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Câmara de Braga melhora controlo de segurança alimentar nas escolas do concelho

O Município de Braga pretende contribuir para um melhor controlo da segurança alimentar, através da oferta de termómetros às escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância do concelho para a medição da temperatura das refeições.

Lídia Dias, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Braga, esteve esta sexta-feira, dia 11 de dezembro, na EB1 de Figueiredo, dando assim início à campanha de entrega de termómetros alimentares às escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância do concelho de Braga.
“A maioria das escolas primárias e jardins-de-infância do concelho de Braga têm serviço de refeições transportadas e é nossa responsabilidade assegurar as boas práticas de higiene e segurança alimentar, desde a receção das refeições até ao momento do serviço”, salientou Lídia Dias, durante a entrega do termómetro à EB1 de Figueiredo.

A temperatura das refeições que chegam aos estabelecimentos de ensino não deve ser inferior a 65ºC, devendo ser mantida esta temperatura até ao momento do serviço. Os termómetros vão servir para assegurar que esta temperatura é respeitada, sendo mais fácil de verificar se existe alguma falha em todo o processo e assim poder ser corrigida.



Fonte: Gazeta do Rossio

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Descodificador de rótulos

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral da Saúde, sugere um cartão descodificador de rótulos que pode ser facilmente transportado e consultado no momento de ir às compras.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

FEMA Flavor Ingredient Library

A Flavor and Extract Manufacturers Association (FEMA) lançou recentemente no seu site a FEMA Flavor Ingredient Library, uma biblioteca online para ajudar a opinião pública a entender melhor como os ingredientes e aditivos de sabor são avaliados do ponto de vista da segurança alimentar e aprovados para os fins a que se destinam.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Nestlé inaugura centro de I&D para produtos alimentares congelados e refrigerados



A Nestlé abriu um centro de investigação e desenvolvimento em Solon, Ohio, avaliado em cerca de 50 milhões de dólares e que se vai concentrar no desenvolvimento de novos produtos congelados e refrigerados para as suas áreas de negócio por todo o mundo.
O centro de investigação e desenvolvimento também irá trabalhar em reformulação de produtos alimentares congelados e refrigerados da Nestlé, explorando formas de reduzir os teores de sódio e gordura saturada, eliminar óleos parcialmente hidrogenados, incorporar mais vegetais e oferecer alternativas sem glúten e de alta proteína para os produtos existentes no mercado.
O centro de I & D em Solon será um dos 12 "centros de excelência" da Nestlé pem todo o mundo dedicados ao produto e desenvolvimento de processos.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Alteração ao Regulamento (CE) n.º 1881/2006

Recentemente fora publicadas no EUR-Lex de duas alterações ao Regulamento (CE) n.º 1881/2006 no que diz respeito aos teores máximos de chumbo em certos géneros alimentícios e aos teores máximos de arsénio na forma inorgânica nos géneros alimentícios:
Regulamento (UE) n.º 2015/1005:
  • Os novos teores máximos de chumbo, são aplicáveis a partir de 1 janeiro de 2016. Os géneros alimentícios que não cumpram com estes teores máximos e que sejam legalmente colocados no mercado antes de 1 de janeiro de 2016 podem continuar a ser comercializados após aquela data até à data de durabilidade mínima ou à data-limite de utilização.
  • Após a subsecção 3.4 Estanho (na forma inorgânica), é introduzida a subsecção 3.5 Arsénio (na forma inorgânica). 
  • Os teores máximos de arsénio são aplicáveis a partir de 1 de janeiro de 2016. Os géneros alimentícios que não respeitem estes teores máximos e que sejam legalmente colocados no mercado antes da data de aplicação, podem continuar a ser comercializados após aquela data até à data de durabilidade mínima ou à data-limite de utilização.

Fonte: Silliker

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O bisfenol A (BPA) e a conformidade alimentar

O bisfenol A (BPA) é um produto químico usado há bastante tempo como componente para o fabrico de materiais plásticos de embalagem.  
A sua utilização para materiais plásticos em contacto com os alimentos é regulamentada pelo Regulamento (UE) 10/2011 e é objecto de tantos comentários e artigos que podemos dizer que é trending topic na área de materiais em contacto com os alimentos na UE nos últimos anos.

Este artigo aborda a situação actual e futura em relação a este material.