Comunicado da ASAE sobre o azeite
No
âmbito das competências de fiscalização legalmente atribuídas à ASAE, e
dada a importância que a fileira do azeite representa para a economia
nacional, no final de 2012 e início de 2013 esta autoridade procedeu à
fiscalização dos principais lagares de produção de azeite, com o
objetivo de assegurar a qualidade de um produto emblemático e importante
para a economia nacional. Neste contexto, foram ainda fiscalizados os
principais embaladores/armazenistas de azeite, com intervenção da
fiscalização no retalho e junto das grandes cadeias de distribuição,
sendo que esta fiscalização foi acompanhada pela colheita de amostras de
azeite no âmbito do plano nacional de colheita de amostras (PNCA), com o
objectivo de verificar, mediante análise laboratorial, a conformidade
daquele produto com a legislação nacional e comunitária, assegurando
dessa forma que o azeite colocado no mercado não põe em risco a
segurança e saúde humana, nem é susceptível de induzir em erro o
consumidor.
Assim, a ASAE, desde o início de 2013, colheu
aleatoriamente 46 amostras de azeites de diferentes marcas, sendo que 34
estavam rotulados como azeites virgem extra, 2 como azeites virgem e 10
como azeite.
Estas amostras foram analisadas química e
sensorialmente, no caso dos azeites virgem extra e azeite virgem, na
câmara de provadores do laboratório da ASAE, único laboratório em
Portugal com método acreditado desde final de 2012.
Dos 46
azeites colhidos em mercados, feiras e no retalho, foram detectadas 8
situações que configuravam falsificação ou fraudes sobre mercadoria,
sendo a taxa de não conformidade de 17%. Foram ainda detetadas situações
de deficiência na rotulagem e na informação ao consumidor, sendo que
nestes casos a taxa de não conformidade foi de 29%. Estas situações de
falsificação do azeite por adição de óleo alimentar ou de azeite
refinado determinaram a tomada de medidas pela ASAE, designadamente a
investigação da origem do azeite, a retirada do mercado, a fiscalização
ao embalador e ao lagar que lhe deu origem, bem como a colheita de novas
amostras para monitorização da situação detectada.
Assim e na
sequência das amostras não conformes de azeite (por desclassificação de
categoria e por falsificação), foram desencadeadas 13 operações onde
foram fiscalizados 27 alvos.
Das fiscalizações feitas, resultou a
instauração de 5 processos crime por géneros alimentícios falsificados e
6 processos de contra ordenação por falta, inexatidão ou deficiência na
rotulagem. Foram apreendidos 33470 litros de azeite no valor de
aproximadamente 90.000€, e ainda apreendidos 227.850 rótulos e
etiquetas.
Para além das 46 amostras de azeites indicadas
inicialmente e na sequência dos resultados não conformes, foram colhidas
mais 31 amostras no âmbito da fiscalização, encontrando-se os
respectivos processos ainda em curso.
Importa ainda acrescentar
que nenhuma das situações detectadas é susceptível de pôr em risco a
segurança e saúde dos consumidores, nacionais ou estrangeiros,
tratando-se exclusivamente de processos de fraude económica ou de
deficiente informação ao consumidor.
Fonte: www.asae.pt
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