Empresários portugueses participantes na primeira edição da Alimentária
Brasil, feira internacional de alimentos e bebidas que já ocorreu em
Lisboa e Barcelona, afirmaram hoje que o evento "ficou aquém" do
esperado.
"Foi fraquinho em termos de contactos com profissionais. Muitos
alunos de hotelaria passaram e conheceram o produto, mas não
compradores", afirmou o José Elias, administrador da Azeol SA, que
comercializa azeites, óleos vegetais, azeitonas e vinagre.
A Alimentária Brasil começou na última segunda-feira e termina hoje
em São Paulo. O pavilhão de Portugal contou com a presença de 14
expositores, entre empresas, associações e núcleos de empresários, tanto
com marcas que já estão no Brasil como com aquelas que estão a tentar a
internacionalização para o país.
O gerente de Feiras da Fundação AIP, Paulo Rodrigues afirmou que o
facto de o evento ter sido organizado paralelamente com uma feira
voltada para a hotelaria, a Equipotel SP, pode ter prejudicado a
Alimentária, que ficou mal localizada. O investimento total para a
participação dos empresários portugueses foi de cerca de 120 mil euros.
O presidente da direção da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, Filipe Bombeiro, foi mais otimista, ao declarar que o
resultado dos contactos feitos na feira só poderão ser medidos a médio e
longo prazo.
Já Sidónio Barros, diretor comercial da Soguima (comércio e indústria
alimentar), disse que a participação foi positiva para os revendedores
da marca no Brasil, que puderam apontar aos possíveis clientes onde os
produtos são comercializados.
Vários empresários admitiram que a realização de grandes eventos no
Brasil, como o Mundial de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016,
aumentam a sua expetativa em relação ao mercado brasileiro.
Virgulino Neves, sócio-gerente da Vineves, que exporta o azeite
Portucale para o Brasil, afirmou esperar que as vendas no país cresçam
15% no próximo ano, devido ao público do Mundial, que poderá aumentar a
procura por azeite nos hotéis.
"Esperamos recuperar as perdas deste ano", afirmou Virgulino Neves,
referindo-se à diminuição de cerca de 15% na faturação no Brasil em
relação ao ano passado, devido sobretudo ao aumento do valor do euro
face ao real, a moeda brasileira.
Além dos expositores citados, participaram da Alimentária: Balanças Marques, que buscam iniciar as vendas para o mercado brasileiro em 2014, Cooperativa Agrícola do Concelho de Portalegre, fábrica de conservas A Poveira, Granfer - produtores de frutas, Herdade do Carvalhal Sociedade Vitivinícola de Portalegre, Monte da Colónia, Mundo Sangueiro LDA, Narc Frutas, Associação Empresarial da Região de Portalegre, Terrius -
Agrupamento de Produtores e Vinhos de Portugal.
Fonte: Noticias ao Minuto
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