Um
engenheiro americano do MIT, Greg Lambrecht, inventou um aparelho que
promete aos enófilos o acesso a «qualquer vinho, a qualquer hora, e em
qualquer quantidade», sem remover a rolha da garrafa.
Chama-se Coravin
Wine Access System e permite aos usuários retirar a quantidade desejada
de uma garrafa fechada através de uma agulha oca que perfura a cápsula e
a rolha de cortiça. O restante vinho é pressurizado com gás argónio,
comumente utilizado para retardar a oxidação. A cortiça veda-se
naturalmente, e o vinho na garrafa continua a evoluir como faria
normalmente, sem exposição. Em suma, o Coravin tem potencial para
provocar uma verdadeira revolução no consumo da bebida.
Lambrecht
testou o invento durante 13 anos, experimentando vários tipos de gases e
sistemas de pressurização até encontrar o método que considerou ideal.
«Eu queria erradicar do idioma inglês a frase ‘bom demais para beber’,
que muitos amigos meus, donos de excelentes garrafas, costumavam dizer
para não abrirem seus vinhos especiais», afirmou Lambrecht. «Como teste,
bebi uma garrafa de Château La Mission Haut-Brion 1961, com pelo menos
14 pessoas, ao longo de quatro anos, usando o Coravin», acrescentou.
Em
entrevista ao site da revista inglesa Decanter, o MW Charles Curtis
classificou a invenção de Lambretch de ‘única’. «Promovi degustações às
cegas com outros masters of wine, sommeliers e diversos especialistas,
inclusive enólogos, com garrafas preservadas usando o Coravin e outras
que jamais haviam sido abertas. E ninguém foi capaz de notar qualquer
diferença», garantiu Curtis. «Quando o próprio produtor é incapaz de
apontar qualquer diferença entre o vinho que nunca foi aberto e o outro
preservado com o Coravin, acho que não é necessário provar mais nada
sobre a eficácia do produto», finalizou o MW.
A novidade já chegou a alguns restaurantes nova-iorquinos, que compraram o produto. O preço: 299 dólares.
Fonte: Maria João de Almeida
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