O ministro da Economia, António Pires de
Lima, acompanhado pelo secretário de Estado da Agricultura, José Diogo
Albuquerque, visitaram dia 18 de Setembro, a fábrica da Sugalidal em
Benavente, a convite da Associação dos Industriais de Tomate (AIT).
Nesta visita, em plena campanha, os agro-industriais dos derivados de
tomate apresentaram aos governantes pedidos para o reforço da
competitividade externa do sector, nomeadamente a redução dos custos de
energia (já que a laboração ocorre, «basicamente», em dois meses, entre
meados de Agosto e meados de Outubro) e a regulação no sector dos
transportes. A este propósito, o ministro afirmou que «é importante
neste sector termos regras que sejam semelhantes, do ponto de vista da
regulação, às que existem noutros países europeus, que tendem a ter
regras por vezes mais proteccionistas, como é o caso dos nossos
concorrentes na Europa do Sul».
Pires de Lima acrescentou que também «há
algum trabalho a fazer» ao nível dos custos de energia. Inquirido sobre
outra exigência do sector, ao nível dos seguros, o ministro concluiu
que tudo o que foi referido «são pontos de que tomámos devida nota e em
que vamos procurar trabalhar internamente para que possam ser
corrigidas». Segundo Miguel Cambezes, secretário-geral da AIT, estima-se
que a energia – electricidade e gás – tenha um peso de 12% nos custos
de produção do sector, sendo que «cerca de 40% destes 12% são relativos a
taxas de acesso».
A Sugalidal tem capital 100% português,
está integrada num grupo agro-industrial considerado o maior da Europa e
o terceiro maior no mundo e exporta 98% da produção, para a Europa e
mercados asiáticos.
Na campanha passada, o sector nacional
do tomate para indústria processou cerca de 1.300.000 de toneladas, das
quais 95% foram para exportação, o que representou 250 milhões de euros
em vendas. A fileira do tomate para indústria tem vindo a modernizar-se
muito nos últimos anos, mercê de um conjunto de investimentos superior a
60 milhões de euros. As empresas deste sector têm como foco estratégico
produzir mais e melhor, de forma cada vez mais sustentada, para que
possam chegar aos 2 milhões de toneladas de tomate processado / ano,
fazendo crescer as exportações.
Fonte: Frutas & Legumes
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