A introdução no mercado de produtos provenientes da agricultura familiar ou de subsistência e produtos regionais transformados de forma tradicional, seguindo os princípios do comércio justo, é um dos objetivos do recém-criado projeto MaisTerra, disseram os seus promotores.
Nasceu na Sertã, mas abrange a área deste e dos concelhos de 
Proença-a-Nova, Oleiros, Vila de Rei e Mação, pela mão de oito jovens, 
com idades entre os 22 e os 27 anos, de áreas de formação académica 
diferentes, mas que partilham o gosto pelos produtos locais e pelos 
"velhos costumes". 
Fábio Marçal, Nuno Farinha, Daniela Nunes, Sérgio Nunes, Sofia Matias, 
Joana Vale, Ana Marques e Nadine Castro são os timoneiros desta equipa 
que tem em fase de formalização uma cooperativa que visa "ajudar os 
pequenos produtores a escoar a sua produção e os excedentes, dando-lhes 
visibilidade e dimensão". 
Trabalham com produtos hortofrutícolas, artesanato ou produtos transformados.
"Ajudamos os pequenos produtores a rentabilizar ao máximo a sua produção
 e, assim, contribuímos de alguma forma para um maior desenvolvimento 
local", explicam. 
Fábio Marçal, um dos promotores do projeto, notou que "havia um enorme 
desperdício de uma fatia considerável da produção local", algo que 
acontecia, em parte, "devido à preferência das pessoas em adquirir 
produtos nas grandes superfícies". 
Por outro lado, verificou que "da agricultura de subsistência praticada 
por muitas famílias resultavam excedentes que não tinham forma de 
escoamento e, por isso, eram desperdiçados, tornando-se num prejuízo 
para quem os produzia". 
Contrariar esta tendência foi a meta traçada e o trabalho começou, 
através do programa CoopJovem, promovido pela Cooperativa António Sérgio
 para a Economia Social (CASES). 
O projeto MaisTerra canaliza os produtos de acordo com os três segmentos
 que definiram, nomeadamente "as empresas de restauração, hotelaria, 
supermercados e Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) da 
região; os consumidores particulares da região; e os consumidores 
particulares de grandes centros urbanos". 
Os objetivos são "incentivar o crescimento do turismo gastronómico na 
região, que está subaproveitado; levar as pessoas a consumir mais 
produtos da terra; e introduzi-los nas IPSS e supermercados, ou 
comercializá-los diretamente". 
Estão já a aceitar encomendas do "Serás Cabaz?", um conjunto de produtos
 regionais e da horta, variando a sua constituição consoante a época do 
ano. Nesta altura, por exemplo, estão a procurar quem tenha produtos 
derivados do medronho e da castanha. 
Em preparação está uma gama de chás e de ervas aromáticas, onde 
predominam a marcela, a carqueja e o rosmaninho, para ser comercializada
 aquando a oficialização da cooperativa, o que deverá acontecer em 
janeiro de 2014. 
Esta equipa de jovens ambiciona que "o rótulo MaisTerra seja um símbolo 
de produtos da Zona do Pinhal Interior Sul, pretendendo que cada produto
 esteja associado ao concelho de origem".
Fonte: RTP
 
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