sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Responsabilidades na Implementação e Gestão de um Sistema HACCP



O trabalho em HACCP implica a consciencialização, o envolvimento a formação e o treino de todos os recursos humanos de uma organização, sem excepção.

Com efeito, o sistema HACCP implica o envolvimento de todos os recursos humanos ligados ao processo:

            Direcção da empresa
            Funcionários com responsabilidade de controlo
            Funcionários sem responsabilidade de controlo
            Responsáveis pela implementação do sistema (Equipa HACCP)

À Direcção, compete:

          Assegurar a formação de todos os envolvidos na implementação do sistema
          Motivar todo o pessoal da empresa
          Tomar medidas sempre que se verifiquem falhas repetidas
          Fornecer os meios (técnicos e humanos) necessários para assegurar o funcionamento correcto do sistema HACCP

Aos funcionários com responsabilidade de controlo compete:

          Estarem envolvidos no sistema
          Terem autoridade e capacidade de decisão
          Terem motivação e sentido de responsabilidade
          Terem conhecimento do funcionamento do equipamento
          Saberem o que, como e quando controlar

Aos funcionários sem responsabilidades de controlo compete:

          Estarem motivados e terem sentido de responsabilidade
          Terem conhecimento do manual de Boas Práticas de Higiene e Fabrico (BPH / BPF) da empresa
          Estarem conscientes da importância das operações de limpeza e desinfecção
          Saberem o que, como e quando se deve fazer

À Equipa HACCP compete:

          Elaborar o plano HACCP
          Elaborar os cursos de formação aos funcionários
          Supervisionar o funcionamento o sistema
          Manter a documentação / registo do sistema
          Elaborar informação periódica para a direcção
          Modificar e rever o plano
          Motivar e formar o pessoal envolvido
          Agendar e conduzir auditorias internas

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

ASAE informa - Conservação dos Alimentos no Frio



Uma das competências da ASAE, no âmbito da definição das estratégias da Comunicação
dos Riscos Alimentares em matéria de segurança alimentar, consiste na divulgação de informação útill aos cidadãos no âmbito da segurança dos alimentos. Neste contexto, a Divisão de Riscos elaborou um conjunto de informações úteis ao consumidor que irão ser publicadas mensalmente no decorrer do ano de 2104.


Conservação dos alimentos no frio (1ª parte)


Alguns dos principais erros ou práticas diárias que podem originar crescimento bacteriano e
contaminações alimentares prendem-se com os alimentos prontos deixados muito tempo à temperatura ambiente (em cima do fogão ou dentro do forno/microondas), com a descongelação inadequada dos alimentos (alimentos deixados em cima da bancada à temperatura ambiente ou imersos em água quente) ou mesmo com a ocorrência de contaminações cruzadas, decorrentes de situações em que os alimentos crus e não higienizados contactam diretamente com os alimentos prontos para consumo e quando os mesmos utensílios são usados para preparar alimentos de natureza diferente em simultâneo, como por exemplo facas e tábuas de corte.

A temperatura exerce uma influência importante no crescimento e velocidade de multiplicação de microrganismos nos alimentos. As temperaturas inferiores a cerca de 5 graus Celsius reduzem a velocidade do crescimento da maior parte das bactérias e temperaturas acima dos 60 a 65 ºC destroem a grande maioria dos microrganismos. 

Consideram-se alimentos perecíveis, os alimentos que se estragam com maior facilidade e, portanto, devem ser armazenados no frio. 

Os alimentos frescos/refrigerados devem ser conservados, no frigorífico, a temperaturas entre os 0 a 5ºC.


Como organizar o frigorífico ….

No interior do frigorífico a temperatura não é igual em todos os compartimentos, pelo que poder-se-á tirar partido das diferentes temperaturas existentes, assegurando assim uma boa conservação dos alimentos. 

Existem alguns aspectos a ter em conta, nomeadamente quando os alimentos estão próximos do fim da validade, estes devem ser colocados sempre à frente nas prateleiras e não se deverá encher demasiado o frigorífico. O ar frio deve circular para manter todos os alimentos armazenados à temperatura adequada.

Na maioria dos frigoríficos, as prateleiras superiores são as que têm temperatura mais alta, sendo a zona com temperatura mais fria a prateleira mais baixa (cerca de 2ºC), logo acima das gavetas. Assim, será o local indicado para colocar carne e pescado frescos ou em fase de descongelação. Salienta-se no entanto, que deverá ter-se sempre em atenção as especificidades técnicas de cada frigorífico.





Atenção:

1. Os alimentos colocados no interior do frigorífico devem estar protegidos, em recipientes adequados ou cobertos com película aderente;

2. Não devem ser colocadas grandes quantidades de alimentos quentes no frigorífico, já que essa prática irá implicar um aumento da temperatura interior do equipamento. Assim, antes de refrigerar os alimentos cozinhados arrefeça-os rapidamente, por exemplo colocando os recipientes, com pouca quantidade de alimento, em água gelada ou mexendo algum tempo seguido;

3. Mantenha os alimentos no frigorífico apenas durante o tempo indicado no rótulo da embalagem;

4. Evite contaminações cruzadas e higienize o frigorífico mensalmente e/ou sempre que necessário.


Saiba que:


- A refrigeração retarda a multiplicação dos microrganismos:

- A zona de perigo situa-se entre os 5ºC e os 60ºC;

- Não se deve deixar os alimentos cozinhados mais de 2 horas à temperatura ambiente;

- Ao arrumar os alimentos no frigorífico, os produtos recém -adquiridos devem ser colocados atrás dos que já lá existiam;

- Ter um termómetro no interior do frigorífico pode ser útil para verificar se mantém a temperatura adequada (inferior a 5ºC).



Ovos: frescura é fundamental

Rico em vitaminas e proteínas, o ovo é um alimento a integrar no nosso regime alimentar. Tenha alguns cuidados na compra e, em casa, para conservá-lo da melhor forma.


Testes e truques

  • Gema e clara consistentes e casca intacta e límpida são sinais que revelam frescura. Faça o teste num copo com água. Um ovo está fresco se, ao imergi-lo em água, permanecer no fundo do recipiente. Os ovos velhos flutuam quando ganham volume, devido ao aumento do espaço da câmara-de-ar, entre a membrana interna e externa.
  • A casca do ovo novo é áspera e opaca. A do velho é mais lisa e ganha brilho. Escolha ovos com casca intacta e limpa. Uma vez rachado, o ovo perde parte das suas propriedades naturais.
  • Quando aberto, um ovo fresco quase não tem odor. A clara, límpida e translúcida, é gelatinosa, e a gema, saliente. Se a clara estiver fluida e a gema achatada, é muito provável que o ovo esteja envelhecido. À medida que um ovo perde frescura, a gema torna-se móvel. Sacudindo vigorosamente o ovo, se for velho, ouve-se um ruído característico.
  • Conserve os ovos no frigorífico, com a ponta mais fina para baixo. Retire apenas os ovos de que necessita e respeite a data de validade impressa na embalagem ou nos ovos. Evite submetê-los a variações de temperatura acentuadas.
  • Para que os ovos não se partam na cozedura, adicione vinagre antes de a água ferver. Lave-os apenas antes da sua utilização imediata, para não danificar a cutícula que protege da entrada de bactérias. Cozinhe bem os alimentos com ovos: bactérias como a Salmonella são destruídas pelo calor.

Um ovo por dia cheio de vitaminas

  • Comer um ovo por dia não aumenta o risco de doenças cardiovasculares nem eleva o nível de mau colesterol no sangue. Este encontra-se mais relacionado com as gorduras ricas em ácidos gordos saturados.
  • O ovo é um alimento bastante nutritivo. Contém proteínas, tanto na clara, como na gema. Esta é rica em gordura, sobretudo insaturada, e colesterol. Uma gema fornece entre 10 a 20% da dose diária recomendada de vitamina A, D, E e K. A clara é rica em vitaminas do complexo B. Estão presentes minerais como o fósforo e o selénio, este último necessário ao músculo cardíaco.
  • A cor da casca e da gema não interferem no valor nutritivo. Depende, no caso da casca, da raça da galinha e, na gema, da alimentação dos animais que, quando baseada no milho ou em rações com corantes, torna-a mais amarela.