Portugal
não registou casos de BSE no ano passado, pela primeira vez desde 1998,
afirmou hoje o secretário de Estado da Alimentação e Investigação
Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.
O governante sublinhou, numa audição
da comissão parlamentar de Agricultura e Mar, que vai, por isso, pedir o
estatuto de país com risco negligenciável.
O elevado número de casos de
encefalopatia espongiforme bovina, mais conhecida pela sigla BSE ou por
"doença das vacas loucas", em Portugal motivou um embargo das
exportações de carne de vaca entre 1998 e 2004, altura em que a Comissão
Europeia decidiu levantar a proibição por considerar que os riscos
estavam controlados.
Em resposta às dúvidas dos deputados,
que questionaram Nuno Vieira e Brito sobre a redução do número de
análises e a sanidade animal, o secretário de Estado afirmou que "há
menos análises de rotina, porque há menos doenças".
Segundo explicou, "houve uma redução de 5% nas análises da brucelose porque o programa de erradicação está a funcionar".
Questionado sobre o pagamento dos
serviços prestados pelas UADS/OPP (Agrupamento de Defesa
Sanitária/Organização de Produtores que asseguram serviços relacionados
com a sanidade animal), Nuno Vieira e Brito salientou que foram pagas as
dívidas relativas a 2011 e 2012, faltando apenas 50% do valor de 2013
(cerca de dois milhões de euros).
"Já foi solicitado o pagamento de dois
milhões e entendemos que no final de março, princípios de abril
poderemos pagar o restante", adiantou.
O secretário de Estado assinalou ainda
que existem 106 OPP a nível nacional e que pretendia dar "mais
eficácia" a estas organizações.
Nuno Vieira e Brito acrescentou que
também já deu instruções para iniciar os procedimentos para pagar os 200
mil euros de dívida do Estado aos laboratórios responsáveis pelas
análises veterinárias.
Fonte: Agência Lusa / Noticias ao Minuto / iOnline
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