quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Grupo Sonae - Continente reforçou presença na Madeira com mais oito espaços

“O Continente está mais madeirense e ainda vai ficar mais madeirense”, afirmou na cerimónia de inauguração o presidente da comissão executiva do grupo, Luis Moutinho.

O mesmo responsável realçou que este processo representou a reintegração dos 364 trabalhadores das várias lojas do grupo Jorge Sá, que receberam os 1,4 milhões de euros de créditos que estavam em dívida pela anterior entidade patronal e que a reestruturação das lojas foi uma “missão quase impossível”, porque foi desenvolvida em apenas 46 dias.

Luis Moutinho salientou que o reforço da presença do grupo Sonae Continente neste arquipélago representa também uma aposta nos produtos desta região, que “passam a ser exportados” para o território de Portugal continental.

A aposta do grupo na Madeira fica demonstrada com a existência dos 32 espaços comerciais que passa a deter na região, sendo 16 supermercados.

Quarta-feira abre as portas ao público a grande superfície em São Martinho (Funchal) e os supermercados em Santana, Machico, Estreito de Câmara de Lobos, Santo António (Funchal).

Dentro de um mês será a vez dos espaços na Camacha e Ribeira Brava, sendo o último no centro do Funchal, na rua do Seminário, “devido à grande intervenção” a que tem de ser submetido, informou o responsável.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, entre outras entidades, que agradeceu o “trabalho” desenvolvido, porque “tem um efeito para a economia da Região e uma grande repercussão social”, visto que resolveu o problema de desemprego de 364 famílias.

“Estava aqui uma situação que era premente resolver”, declarou o governante, acrescentando que este projeto vai permitir também a “saída de produtos regionais de qualidade”.

O comendador Jorge Sá, presidente do grupo que trespassou os espaços comerciais, à margem da cerimónia afirmou aos jornalistas que a “cedência de exploração” aconteceu porque as “coisas não estavam a correr bem”.

“Tentamos arranjar um parceiro, porque quando não podemos com eles, juntamo-nos a eles”, argumentou, considerando que “dadas as contingências do mercado e a crise (…), foi preciso pedir socorro” para permitir o pagamento das dívidas do grupo.

Segundo Jorge Sá, “a distribuição mudou muito nestes últimos anos, a partir de 20 de fevereiro de 2010 as coisas mudaram bastante e tinha que haver uma cedência”.

Questionado sobre a situação de dificuldades financeiras nas outras mais de 10 lojas que ainda pertencem ao grupo Jorge Sá, anunciou que estão a decorrer negociações para ceder também a sua gestão em parceria, um processo que prevê seja resolvido dentro de um mês, sem adiantar mais pormenores, já que “o segredo é a alma do negócio”.


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