quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Restauração quer que Governo baixe o IVA do sector

O presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) disse hoje que está convencido de que o Governo vai aproveitar o próximo Orçamento do Estado para baixar o IVA da restauração, alimentação e bebidas.

"Nem nos passa pela cabeça que o Governo não reconheça que é urgente e imperioso rever rapidadamente as cargas fiscais, nomeadamente o IVA, do setor da alimentação e bebidas", afirmou Mário Pereira Gonçalves aos jornalistas, no final de uma reunião com a CGTP.

O dirigente da AHRESP defendeu a necessidade de se encontrar rapidamente uma solução para a fiscalidade dos setor e considerou que o Orçamento do Estado para 2014, a apresentar pelo Governo no próximo mês, "vai ser certamente uma oportunidade".

Uma delegação da AHRESP reuniu-se hoje com a CGTP, a seu pedido, durante cerca de hora e meia, para discutir "a grande agenda comum", nomeadamente os problemas da economia nacional, do emprego, da fiscalidade da legislação laboral e da contratação coletiva.

"Viemos fazer um diagnóstico conjunto porque é muito mais o que nos une do que o que nos separa", afirmou Pereira Gonçalves, acrescentando que a "agenda comum" tem de ser aprofundada, com encontros regulares.

A redução do IVA da restauração dos 23 para os 13% foi um dos pontos consensuais da reunião.

Mário Gonçalves salientou que diariamente estão a encerrar empresas de restauração e hotelaria e o emprego continua a cair no setor, tal como as receitas fiscais.

"Mesmo as empresas que estão a funcionar estão a deixar de pagar impostos", referiu.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, reafirmou a reivindicação da central de redução do IVA para a restauração e defendeu também a necessidade de redução do IVA do gás e da eletrecidade para os 6%, por ser "uma mais valia para as empresas e as familias".

Segundo o sindicalista, a AHRESP e a CGTP concordaram também que "não há resolução para os problemas da restauração se não melhorar o poder de compra da população, nomeadamente através do aumento dos salários e das pensões".

"Precisamos de responder aos problemas do emprego, das empresas, da economia e isso faz-se com aumentos dos salários, nomeadamente do Salário Minimo Nacional", disse Arménio Carlos aos jornalistas, depois de ter recebido os dirigentes das AHRESP.

O líder da Inter considerou que a reunião com AHRESP foi interessante e disse que espera que o "o entendimento se reflita na prática", em resposta às reivindicações salariais que a federação sindical do setor da hotelaria e da restauração, filiada na CGTP, tem apresentado.

"O que é importante é abordar o entendimento que se está a alargar à opinião pública e a uma parte do empresariado português de que este memorando da 'troika' não resolve os problemas do país e só agrava a situação dos portugueses", concluiu.


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