Um novo dispositivo para detecção de salmonella e outros microrganismos patogénicos alimentares foi desenvolvido por investigadores da Universidade Purdue.
O equipamento de concentração de células contínua
consegue resultados em menos de 6 horas usando fibras
ocas filiformes que
filtram as células, o que se poderá traduzir numa
nova ferramenta de elevado potencial já que permitiria possível analisar rotineiramente amostras de alimentos ou água para uma determinada gama de
microrganismos patogénicos dentro de um único turno de trabalho nas fábricas de processamento de alimentos
ou laboratórios prestadores de serviços.
Um relatório do Centers
for Disease Control and
Prevention (CDC) indica uma
falta de progressos recentes na
redução de infecções de origem
alimentar e destaca a necessidade
de melhorar a prevenção. Apesar
de muitas doenças transmitidas por alimentos terem diminuído nos últimos 15 anos, o número de casos de salmonella confirmados em laboratório não se alterou significativamente em 2012
em comparação com 2006 a 2008.
O primeiro passo na detecção de agentes patogénicos de origem
alimentar é a concentração do número de células em amostras de teste. O novo
sistema permite aos pesquisadores realizar a etapa de concentração dentro de
uma hora, em comparação a um dia para o método padrão actualmente em uso
comercial, segundo Ladisch, professor de engenharia biomédica e director do
Laboratório de Engenharia dos Recursos Naturais Renováveis de
Purdue.
O sistema é capaz de
concentrar salmonelas inoculadas por 500 a 1000 vezes a
concentração original, em amostras
de teste, o que potencia uma detecção precisa. Os
investigadores concluíram ainda que o novo sistema recuperou
70 por cento das células de microrganismos vivos em
amostras. "Isso é importante porque se você
filtrar microorganismos e matá-los no processo isso é auto-destrutivo". O objectivo é descobrir quantos microorganismos
vivos estão presentes."
afirma Ladisch.
A máquina foi testada numa amostra
de carne de frango. A amostra é
primeiro fraccionada e homogeneizada para a consistência
de um batido e quimicamente pré-tratada para evitar que as membranas de entupirem. O líquido é então passado através de 12 filtros de
fibra oca com cerca de 300
microns de diâmetro contidos num tubo.
O processo de filtragem continua até
que os microrganismos patogénicos, se presentes, estarem
concentrados o suficiente para serem detectado.
Fonte: New System in Salmonella Detection Faster than Conventional Methods
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