quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Novo Sistema de Detecção de Salmonella mais rápido que os métodos convencionais


Um novo dispositivo para detecção de salmonella e outros microrganismos patogénicos alimentares foi desenvolvido por investigadores da Universidade Purdue.  

O equipamento de concentração de células contínua consegue resultados em menos de 6 horas usando fibras ocas filiformes que filtram as células, o que se poderá traduzir numa nova ferramenta de elevado potencial  já que permitiria possível analisar rotineiramente amostras de alimentos ou água para uma determinada gama de microrganismos patogénicos  dentro de um único turno de trabalho nas fábricas de processamento de alimentos ou laboratórios prestadores de serviços.

Um relatório do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) indica uma falta de progressos recentes na redução de infecções de origem alimentar e destaca a necessidade de melhorar a prevenção. Apesar de muitas doenças transmitidas por alimentos terem diminuído nos últimos 15 anos, o número de casos de salmonella confirmados em laboratório não se alterou significativamente em 2012 em comparação com 2006 a 2008.

O primeiro passo na detecção de agentes patogénicos de origem alimentar é a concentração do número de células em amostras de teste. O novo sistema permite aos pesquisadores realizar a etapa de concentração dentro de uma hora, em comparação a um dia para o método padrão actualmente em uso comercial, segundo Ladisch, professor de engenharia biomédica e director do Laboratório de Engenharia dos Recursos Naturais Renováveis ​​de Purdue.

O sistema é capaz de concentrar salmonelas inoculadas por 500 a 1000 vezes a concentração original, em amostras de teste, o que potencia uma detecção precisa. Os investigadores concluíram ainda que o novo sistema recuperou 70 por cento das células de microrganismos vivos em amostras. "Isso é importante porque se você filtrar microorganismos e matá-los no processo isso é auto-destrutivo". O objectivo é descobrir quantos microorganismos vivos estão presentes." afirma Ladisch.

A máquina foi testada numa amostra de carne de frango. A amostra é primeiro fraccionada e homogeneizada para a consistência de um batido e quimicamente pré-tratada para evitar que as membranas de entupirem. O líquido é então passado através de 12 filtros de fibra oca com cerca de 300 microns de diâmetro contidos num tubo. O processo de filtragem continua até que os microrganismos patogénicos, se presentes, estarem concentrados o suficiente para serem detectado.


Fonte: New System in Salmonella Detection Faster than Conventional Methods

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