O “Concurso de Queijos de Portugal” , agora na sua quinta edição,
vinha sendo realizado juntamente com - a FEIRA AGRO-VOUGA, de Aveiro –
reunindo ambos os eventos uma boa parte do sector leiteiro nacional,
tendo ainda subjacente um outro concurso ligado às raças leiteiras.
Este ano a ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios chamou a si a organização exclusiva do evento, embora tendo várias parcerias, nomeadamente com a FULSENSE – Análises Sensoriais, tendo este 5º Concurso sido realizado em local sugerido por um dos parceiros – a CONTROLVET – deslocando no tempo, relativamente à data da realização das provas do Concurso, a divulgação dos queijos premiados e a cerimónia de entrega dos respectivos prémios aos vencedores.
Assim, e em virtude de uma outra parceria estabelecida pela ANIL , desta feita com a “Revista dos Vinhos”, aquela cerimónia realizou-se ontem segunda-feira, na Feira de Congressos da Junqueira, em Lisboa, em simultâneo com o “Encontro com o Vinho e Sabores 2013”, por aquela publicação organizado.
Perante uma vasta plateia de produtores de queijos e perante a Mesa composta por Nuno Vieira e Brito, Secretário de Estado da Alimentação, Engº João Lança, Director do IAMA representando o Secretário Regional da Agricultura e Florestas Nuno Netto Viveiros, Comendador Manuel Casimiro Almeida, Presidente da ANIL, e Engº Pedro Queiroz, Director Geral do FIPA, a cerimónia foi aberta pela Engª Maria Cândida Marramaque, Directora da ANIL, que explicou os pormenores da organização interna e forneceu dados eloquentes sobre o envolvimento da indústria do sector nesta iniciativa. As “despesas” da mensagem da ANIL para com o trade queijeiro foram da responsabilidade do Presidente da Direcção da Associação, que não regateou elogios à qualidade dos produtos apresentados a concurso e da seriedade, profissionalismo e empenho com que a indústria do leite e do queijo vem afirmando indelevelmente a sua postura de dignidade deste importante vector do mercado nacional.
Foi revelado terem sido 163 os queijos a concurso nas 18 categorias abertas, sendo de imediato anunciadas, relativamente a cada uma destas categorias, o respectivo vencedor absoluto e as duas Menções Honrosas a cada uma delas também atribuídas, cabendo aos Açores um lugar de estaque com a atribuição dos seguintes prémios:
- CATEGORIA “FLAMENGO” – Ambas as Menções Honrosas conquistadas por
produtores açolrianos, concretamente o “NOVA AÇORES” da UNILEITE e o
“VALEFORMOSO” INSULAC.
- CATEGORIA “VACA – CURA NORMAL” – 1º Prémio, “VALEFORMOSO”, da
INSULAC, e Menções Honrosas para o “QUEIJO MINA” da AÇORCARNES, LDA.
(Ilha Terceira) e para o “NAVEGADOR”, da INSULAC.
- CATEGORIA “QUEIJO VACA – CURA PROLONGADA” – Menção Honrosa para o “QUEIJO MORIÃO” da AÇOCARNES, LDA.
- CATEGORIA “QUEIJO ILHA” – 1º Prémio “QUEIJO BEIRA” , da Cooperativa
Agricola de Lacticínios do Topo (FINISTERRA); Menções Honrosas para o
“QUEIJO TOPO”, da FINISTERRA, e para o “VALFORMOSO” da INSULAC
- CATEGORIA “NOVOS SABORES” – 1º Prémio “NOVA AÇORES”, UNILEITE UCRL
Tal
como a UNILEITE, nesta cerimónia representada por Andreia Santos e
Carlos Nunes, também a delegação da INSULAC, integrando os
Administradores José Leite e Engº José Rodrigues e ainda o Chefe de
Vendas Luis Leite, estava visivelmente satisfeita com os resultados
alcançados no certame pela sua empresa, tendo José Leite realçado à
reportagem do “CORREIO DOS AÇORES” a importância – para a empresa e para
os Açores – sobretudo do 1º Prémio conquistado, a par das Menções
Honrosas com que também foi distinguida, o que defendeu ser “um
incentivo para melhorarmos o nosso mercado, cativar mais o cliente e
continuar a afirmar a qualidade dos nossos produtos.”
José Leite
acrescentou que a INSULAC tem os olhos postos no incremento da
internacionalização
pois que “já exportamos para o Canadá, América e
Angola, estando-se a preparar a empresa para chegarmos a mais mercados,
nomeadamente de África e da Ásia, havendo igualmente boas perspectiva
para começar a vender na Austria”.
“A INSULAC está assim – afirmou
José Leite – com propósitos de estratégia que se encaixam nos do
executivo nacional, já que foi o próprio Secretário de Estado da
Alimentação a defender, no discurso com que encerrou a cerimónia, que o
sector teria de apostar mais na inovação e continuar o aperfeiçoamento
da qualidade, como mecanismos valorizadores do sector e que concorrerão
para ganhar a aposta da internacionalização”.
Paulo Costa Leite,
Director Geral da ANIL, ao referir-nos as valiosas distinções
conquistadas pelos queijos dos Açores, considerou o concurso como “um
grande sucesso, que honra a organização, até por ter sido um grande
encontro de produtores nacionais, independentemente de serem associados
ou não da ANIL, oriundos dos diversos pontos do país e com estruturas
produtivas de dimensões variadas, pelo que considero ser esta iniciativa
uma excelente plataforma para trocarmos ideias e nos conhecermos
melhor” defendendo ainda ter constituído uma óptima oportunidade para os
produtores manifestarem, às autoridades regionais e nacionais
presentes, os seus anseios e as suas preocupações e de, inclusivamente,
fazerem um ponto da situação do sector e questionarem mesmo as tutelas,
se assim o entendessem, acerca dos próximos passos para o futuro” que,
aproveitou para alertar, “a nossos olhos está bem incerto”.
Fonte: Correio dos Açores
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