No âmbito do
fórum empresarial de presidentes da COGECA sobre a internacionalização daas
cooperativas agro-alimentares, os seus dirigentes apresentaram as melhores
formas de beneficiar do crescimento nas economias emergentes.
Perante o
rápido crescimento nas economias emergentes, os dirigentes das cooperativas
agro-alimentares que participaram no fórum empresarial da COGECA, organização
da qual a CONFAGRI faz parte, os seus responsáveis apresentaram formas para
aproveitar as novas oportunidades de mercado.
O presidente
da COGECA,Christian Pèes, sublinhou que «espera-se que o consumo de muitos
produtos básicos nos países em desenvolvimento cresça. A Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas
para a Agricultura e Alimentação (FAO), prevêem que a compra, por exemplo, de
lacticínios, aumente cerca de 30 por cento, até 2021. Segundo a OCDE, a procura
alimentar deveria aumentar de 60 por cento até 2050. O crescimento é a maior
fora que dentro da União Europeia (UE)».
«As
cooperativas agrícolas, que ajudam os agricultores a comercializarem os seus
produtos e a aumentar o valor adicional, têm que ter condições par aproveitar
essas oportunidades. As cooperativas internacionais devem estudar formas de
adicionar valor aos produtos nos mercados externos. Podem, por exemplo, ampliar
os modelos empresariais que já provaram a sua eficácia nos mercados
comunitários e cooperarem com os agricultores locais, os distribuidores e os
retalhistas, de forma a entenderem as necessidades e preferências dos
consumidores locais», disse Christian Pèes.
No decorrer
de uma mesa redonda sobre formas de colaboração no futuro, Bernard Oosterom,
presidente de FloraHolland; José Manuel Rodróguez Bordallo, director-geral da
Agro Sevilla; Juha Ruohola, director-geral adjunto da Atria e Ludovic Spiers,
director-geral da Agrial, destacaram que «continuarão as fusões de cooperativas
no futuro, mas também alterar as formas de colaboração entre elas, sobretudo
reforçar a cooperação com os intervenientes da cadeia alimentar».
O
número de cooperativas transnacionais, ou seja, cooperativas com parceiros em
todos os países fornecedores, é crescente. Actualmente, a União Europeia conta
já com 46 destas cooperativas e são 45 as cooperativas internacionais na UE,
com sócios em apenas um país e fornecedores em outros países.
Em
conclusão, o presidente da COGECA explicou que «as cooperativas procuram
parceiros para além das duas fronteiras nacionais, de forma a alcançar maiores
economias de escala e melhorar o seu poder de mercado em resposta à crescente
concentração no seio da cadeia alimentar, à mercê do enorme poder de compra que
têm um número reduzido de supermercados».
A responsável assinala que «uma frutífera colaboração com agricultores de
outros países exige estruturas de produção e empresarias semelhantes. Mas são
importantes também os aspectos geográficos, culturais, linguísticos e de
proximidade, Tendo em conta os crescentes desafios que os agricultores e as
cooperativas têm pela frente, é fundamental ser competitivo e aproveitar as
novas oportunidades de mercado», terminou Pèes.
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