Os londrinos podem visitar na zona de Southbank uma árvore de Natal cujas luzes são alimentadas por couves-de-Bruxelas.
A invenção, inaugurada esta terça-feira e apresentada
por cientistas no evento «The Big Bang UK Young Scientists and
Engineers Fair» no Reino Unido, utiliza mil destes vegetais crus para
dar energia ao sistema.
Na cerimónia de inauguração, ontem de manhã, o interruptor que ligou
as luzes foi accionado por alunos da City of London Academy.
A bateria para as luzes é composta por cinco «pilhas», cada uma com
200 couves-de-Bruxelas, que produzem 63 volts, o que coloca o engenho na
categoria de «muito baixa voltagem» (tipo um telefone), perfeitamente
seguro de manusear.
O sistema requer a colocação de eléctrodos de cobre e de zinco dentro
das couves, de modo que gera uma reacção química, o que resulta na
produção de uma corrente eléctrica que pode ser armazenada e usada para
alimentar as luzes LED na árvore de Natal.
Os cientistas podem monitorizar a voltagem num ecrã à parte, que mostra quanta energia está a ser produzida a cada momento.
A duração destas baterias depende de quanto tempo as
couves-de-Bruxelas se mantêm frescas, explicou Sean Miles, director de
protótipos da Designworks com base em Windsor, que fez a instalação.
«[As couves-de-Bruxelas] continuam a gerar corrente desde que se
mantenham frescas e não entrem no processo de decomposição. Enquanto
estiverem frescas, vão continuar a providenciar electrólitos para a
reacção química que gera corrente eléctrica», afirmou o responsável.
Os vegetais exibidos nas fotos deverão durar um mês, mas pode-se sempre trocá-los quando apodrecerem.
O investigador disse que, em teoria, qualquer fruta ou vegetal pode
ser usado para alimentar as luzes, no entanto, as couves-de-Bruxelas são
das menos eficientes, «o que torna o achado ainda mais espectacular»,
sublinhou.
«Quanto mais húmido e flúido for o vegetal, melhor desempenhará o papel de condutor eléctrico», destacou Miles.
Fonte: Diário Digital
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