segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tomate. Sector perde 30% das ajudas com a nova PAC

Industriais investiram, em inovação, 60 milhões em 10 anos 
 

Com a nova Política Agrícola Comum aprovada no final do ano passado, a fileira do tomate de indústria em Portugal perdeu 30% dos apoios comunitários relativamente ao quadro anterior. O sector considera que, para continuar a crescer de forma a manter e aumentar o peso das exportações na balança de transacções correntes, é preciso que se criem medidas que permitam recuperar e minimizar o impacto negativo que a redução dos apoios comunitários vai implicar.

Actualmente, o país é o único do mundo que exporta a quase totalidade da sua produção, cerca de 95%. No ano passado tornou-se no quarto maior exportador internacional de tomate transformado, ultrapassando a Espanha, e apenas atrás da China, Estados Unidos e Itália.

Na União Europeia, é o segundo maior exportador, só ultrapassado pela Itália. As exportações nacionais representam 19,8% do total das exportações europeias. As 1,290 milhões de toneladas processadas em Portugal representam um volume de negócios superior a 265 milhões de euros anuais, dos quais 250 milhões em vendas ao exterior.

Nos últimos 22 anos, o sector teve um crescimento médio anual de 5,1%, para uma produtividade média de 90 toneladas por hectare, a maior da Europa e a terceira mais elevada do mundo. A aposta na inovação e na tecnologia tem sido uma das razões principais para a performance desta indústria transformadora, que investiu 60 milhões de euros nos últimos 10 anos.

A Europa continua a ser o principal destino da produção nacional. Ao nível do comércio extracomunitário, o Japão é o maior cliente da produção portuguesa, representando cerca de 10% do total exportado.

A indústria é uma das mais importantes em termos de emprego nas zonas rurais, representado 5500 postos de trabalho directos e indirectos. 


Fonte: ionline

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