segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Silopor descarrega 50% dos cereais do País e está para fechar há 14 anos

A Silopor – empresa portuária portuguesa de descarga e armazenagem de graneis sólidos alimentares que descarrega 50% dos cereais que se consomem no País – viu a sua dissolução decretada pelo Governo de Guterres no ano 2000, por não ter fundos para pagar à EPAC – Empresa pública de abastecimento de cereais – pelos ativos que passou a gerir. Depois de anos ‘para trás e para a frente’, foi aprovado no Orçamento do Estado para 2014 a conclusão do concurso para a sua concessão.

A empresa pública está desde o ano 2000 à espera de fechar por não conseguir pagar dívidas, conta o Público. Só neste ano o Governo assinou o despacho que permite a sua adjudicação provisória à ETE, que venceu o concurso em 2011.

Depois de em 1986 ter nascido a Silopor, herdando os terminais portuários da Trafaria, Leixões e Beato, por cisão da EPAC – que tinha o monopólio do abastecimento de cereais, no ano seguinte o diploma inicial é alterado com o intuito de que o valor das infraestruturas que passam para a nova empresa constituiu dívida da sociedade.

A Silopor nunca teve fundos para pagar essa dívida, que em 2000 chegou aos 163 milhões de euros.

O Governo de Guterres tentou conceder-lhe um aval de 149,6 milhões de euros, mas Bruxelas não autorizou, o que levou a que o Executivo decretasse a sua dissolução, decidindo-se a concessão da Silopor.

Porém, depois de criadas duas comissões  e de a Sogestão ter vencido o concurso, foram surgindo várias contestações em tribunal por parte dos outros interessados, o que arrastou a situação até agora.

No Orçamento do Estado para 2014 foi incluída a conclusão do concurso para a concessão da Silopor e o Governo já assinou o despacho que permite a adjudicação provisória à ETE. A Autoridade da Concorrência e o Tribunal de Contas ainda vão dar o seu parecer.


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