quinta-feira, 31 de julho de 2014

52nd plenary meeting of the EFSA Advisory Forum

A ASAE, é membro efetivo do Fórum Consultivo (Advisory Forum) da EFSA, tendo participado na ultima reunião que teve lugar nos dias 18 e 19 de junho, em Oslo, na Noruega. Nesta reunião o Presidente do Conselho de administração da EFSA fez um discurso subordinado ao tema: “Troca de experiências entre os membros do Fórum Consultivo”. Na agenda destacam-se ainda a definição da estratégia de trabalho entre a EFSA e os Estados Membros, o plano de gestão da EFSA para 2015, a apresentação do trabalho do painel cientifico na área da nutrição e ainda outros assuntos.



quarta-feira, 30 de julho de 2014

Reunião dos Líderes das Autoridades Europeias competentes em matéria Alimentar

A ASAE, na qualidade de Autoridade de Segurança Alimentar responsável pela Gestão do Risco, tem vindo a participar no fórum dos Líderes das Autoridades Europeias Competentes em Matéria Alimentar (HoA - Heads of European Food Safety Agencies).

No passado dia 4 de junho de 2014, decorreu em Atenas, mais uma reunião deste fórum, cuja organização coube à Autoridade Alimentar Helénica - a EFET (Hellenic Food Authority), com o intuito de promover a colaboração, a partilha de opiniões quanto a assuntos relacionados com a gestão no risco, a fim de verificar o cumprimento da legislação, proceder ao intercâmbio de ideias / experiências no sentido de promover a melhoria da eficiência e eficácia e melhorar a harmonização da sua implementação dentro da UE. Da referida reunião constaram temas como a gestão de crises, protocolo europeu de gestão e comunicação durante as crises alimentares, proposta exercício europeu de gestão de crise e resultados das atividades dos membros do FLEP (Food Low Enforcement Practitioners).



terça-feira, 29 de julho de 2014

Seminário - Avaliação de Riscos e Atividade Laboratorial na Segurança dos Alimentos

A ASAE organizou no dia de 25 de Junho de 2014, no Campus do Lumiar o Seminário subordinado ao tema “Avaliação de Riscos e Atividade Laboratorial na Segurança dos Alimentos”. Este seminário contou com a participação de S. Ex.ª o Secretário Estado Adjunto e da Economia, Dr. Leonardo Mathias, bem como representantes das diversas entidades nacionais e europeias relacionadas com a avaliação de riscos e ativi-dade laboratorial na segurança de alimentos.

Durante o seminário realizou-se a cerimónia de tomada de posse, respetivamente do Conselho Científico da ASAE e dos membros dos cinco Painéis Temáticos: Aditivos e Contaminantes da Cadeia Alimentar; Alimen-tação, Saúde e Bem-Estar Animal; Nutrição e Alergias Alimentares; Riscos Biológicos; Fitossanidade e OGMs. Considera-se assim, que estão reunidas as condições organizativas para que o Conselho Cientifico coadjuvado pelos Painéis temáticos possam ter uma participação ativa no processo da avaliação de risco, nomeadamente na emissão de pareceres científicos, na área da segurança alimentar.

O seminário foi constituído por quatro painéis compostos por oradores de diferentes entidades públicas ou privadas intervenientes nos diferentes temas:

1. A avaliação e Comunicação de Risco em Portugal (CC da ASAE1);
2. Cooperação Científica no Panorama Europeu (EFSA2, AECOSAN3, ASAE);
3. Perspetivas da atividade Laboratorial em Portugal (INIAV4, GLOBALAB, SGS, ASAE, INFARMED5, RELA-CRE6 e BIOPREMIER;
4. Acreditação na Atividade Laboratorial (IPAC7, RELA-CRE, ASAE).

A recolha e análise de dados que possibilitem a carac-terização e a avaliação dos riscos na segurança ali-mentar, o assegurar a comunicação pública e transpa-rente dos riscos e a promoção e divulgação da informa-ção sobre segurança alimentar junto dos consumido-res, são parte integrante da vertente preventiva da ASAE. Neste âmbito, a ASAE é o organismo nacional de ligação com as suas entidades congéneres, quer a nível europeu quer internacional, atuando como ponto focal da EFSA em Portugal para questões técnicas e científicas relacionadas com avaliação e comunicação de risco em segurança alimentar. Assim, a EFSA tam-bém esteve representada no painel II, através da presença do Dr. Sérgio Rodeia, que apresentou o tema: “Instrumentos para a cooperação científica entre Portu-gal e a EFSA”.

Pretendeu-se com este seminário dar também enfoque à acreditação como ferramenta fundamental de apoio ao controlo oficial, quer a nível de prevenção quer a nível da inspeção. Nesta perspetiva, o ultimo painel do seminário, foi construído tendo em conta os laborató-rios acreditados da ASAE e os diferentes parceiros no contexto da atividade laboratorial. Como corolário deste painel, foi identificada a importância da acreditação, como garante da credibilidade do controlo dos géneros alimentícios colocados no mercado. Os laboratórios da ASAE têm já um histórico de 15 anos de acreditação, e um anexo técnico com 121 ensaios laboratoriais acreditados.


1 CC ASAE - Conselho Científico da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
2 EFSA - Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos
3 AECOSAN - Agência Espanhola de Consumo, Segurança Alimentar e Nutrição
4 INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veter-nária
5 INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde
6 RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal
7 IPAC - Instituto Português de Acreditação



segunda-feira, 28 de julho de 2014

Fosfatos em Bacalhau

A partir de 31 de dezembro de 2013, com a nova alte-ração verificada ao nível da legislação dos aditivos alimentares, passou a ser possível a utilização de fosfatos em bacalhau salgado. Tal alteração legislativa, desencadeada ao nível da comissão europeia, gerou bastante discussão ao nível da opinião pública, principalmente em Portugal, dado o profundo enraiza-mento nos hábitos alimentares nacio-nais que o bacalhau salgado seco representa.
 
Os aditivos que agora são autorizados em bacalhau seco - Difosfatos (E450), Trifosfatos (E451) e Polifosfatos (E452) - já eram permitidos e utilizados em outro tipo de géneros alimentícios, com o objetivo de aumentar retenção de água, reduzir a oxidação das gordu-ras, atenuar o sabor e, no caso do pescado, atribuir uma cor mais clara. Porém, na verdade, nenhuma destas características constitui uma mais-valia para a cura do bacalhau que é tradicionalmente feita em Portugal. Pelo contrário, caso este aditivo seja incorporado no bacalhau salgado usado para a secagem tradicional em Portugal, dado o importante aumento da capacida-de de retenção de água que se verifica no pescado, a secagem do peixe vai ser substancialmente dificultada. 

No entanto, de acordo com os dados oficiais exis-tentes, encontra-se totalmente salva-guardado o fornecimento à indústria portuguesa de bacalhau sem fosfatos, que possa ser sujeito à cura tradicional portuguesa.

Dada a possibilidade de incorporação destes aditivos em bacalhau, independentemente de continuarmos a ter no mercado o nosso bacalhau salgado seco de cura tradicional sem aditivos, será agora possível encontrarmos no mercado dois tipos diferentes de bacalhau salgado:
 
- Bacalhau salgado de forma tradicional:  o Bacalhau salgado a que estamos habituados e que possui características muito próprias no que diz respei-to à cor, cheiro, textura, humidade e sabor.
 
- Bacalhau salgado com recurso a fosfatos:  o Bacalhau com aditivos, que será sempre mais claro e húmido e terá menos aroma e um sabor mais atenuado.

Na informação que é prestada ao consumidor, deverá sempre constar:
 
- De forma clara a presença ou não de aditivos, para que este saiba exatamente aquilo que está a adquirir.
 
- Confirmar na lista de ingredientes do produto, se o mesmo é constituído apenas por “Bacalhau e sal”, como acontece no habitual bacalhau salgado seco, ou se na lista de ingredientes também é incluído algum dos aditivos agora autorizados (Difosfatos E450, Trifosfatos E451 e/ou Polifosfatos E452).


terça-feira, 22 de julho de 2014

Aos quatro anos, mais de 90% das crianças já consome sal a mais


Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto apresenta livro que ensina pais a alimentarem crianças de forma saudável.

Aos quatro anos, mais de 90% das crianças ultrapassa já “os valores toleráveis de sal” para a sua idade, com a sopa e o pão a destacarem-se como os alimentos que mais contribuem para este consumo elevado. Este é o resultado mais alarmante de uma investigação baseada em dados do projecto Geração XXI, que acompanha uma extensa amostra de crianças desde o seu nascimento, e que esta quarta-feira foi apresentado no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). “O sal é um problema em Portugal”, sublinhou Carla Lopes, do ISPUP, para quem a legislação existente (e que estabelece limites para o sal no pão ) talvez já “não chegue”.

De uma forma muito sintética,  a avaliação aos quatro anos de uma amostra da coorte (grupo de pessoas que nasceram na mesma altura) do projecto Geração XXI (que avalia quase 8700 crianças desde 2005)  permitiu perceber  que o consumo de alimentos de elevada densidade energética é elevado desde idades precoces e influencia mais tarde um padrão alimentar mais desequilibrado. Num olhar menos aprofundado, até parece que tudo estará bem, porque estas crianças ingerem em média 1600 calorias por dia, com uma componente adequada de proteínas, hidratos de carbono e gordura, além da maior parte dos micronutrientes, como se conclui da análise de uma subamostra dos diários alimentares de mais de 2500 crianças.

Os problemas começam quando se aprofunda a análise. Percebe-se, por exemplo, que apenas quatro em dez crianças nesta idade atingem as recomendações diárias de cinco porções de fruta e hortícolas diárias recomendadas pelas Organização Mundial de Saúde (OMS).  De resto, o relatório sobre o consumo alimentar e nutricional em crianças em idade pré-escolar que resultou deste trabalho do ISPUP prova também que nesta idade o consumo da carne é já muito superior ao de peixe (42% consome carne diariamente e 9%, pescado), ainda que o consumo de carnes brancas suplante o de carnes vermelhas, excluindo charcutaria.

Preocupante é também o facto de  mais de metade destas crianças (52%) consumirem refrigerantes e néctares diariamente e 65% comerem  bolos e doces pelo menos uma vez por dia. A agravar, quase três quartos ingere snacks salgados (pizza, hambúrguer, batatas fritas e outros snacks de pacote) entre uma a quatro vezes por semana.  O refrigerante mais consumido é o ice-tea, com um quinto das crianças nesta idade a consumir esta bebida  todos os dias. “Os pais pensam que estão a dar chá aos filhos”, lamenta Carla Lopes.

 “São dados que nos devem fazer pensar”, defende o presidente do ISUPUP e coordenador científico do projecto Geração XXI, Henrique Barros, que adiantou que outras avaliações entretanto feitas a esta coorte permitiram já perceber que é elevada a proporção de crianças com uma pressão arterial demasiado alta.

Na educação para uma alimentação saudável, a família tem um papel crucial, mas também o jardim de infância tem um papel relevante, destacaram a propósito os especialistas, que notam que “ padrões sociais mais desfavoráveis se relacionam com um consumo alimentar mais desadequado”.

A boa notícia é a de que este relatório acabou por dar o mote para um livro. Os pais e cuidadores de crianças em idade pré-escolar  passam agora a ter uma nova ferramenta ao seu dispor, o e-book  “Da mesa à horta: aprendo a gostar de fruta e vegetais!”, um guia prático que pode ser descarregado em www.ispup.up.pt. A elaboração deste obra foi possível graças ao projecto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e contou ainda com o apoio da Direcção-Geral da Saúde (DGS). 

 Louvando a iniciativa, o  pediatra António Guerra lembrou que aprendizagem de uma alimentação correcta é muito importante “neste período-janela tão sensível” e aconselhou as pessoas “a serem pedagógicas e criativas”, a diversificarem,  “sem pressionarem”. Também Pedro Graça, coordenador do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS,  elogiou o livro e adiantou ser sua intenção promover a sua divulgação. “Estes dados são  relativamente comuns ao que se passa noutros países do Sul da Europa, a diferença está no sal, temos que ganhar a luta contra o sal”,  destacou o responsável.
           

Fonte: Publico

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Produtos de Trás-os-Montes entram em força em Angola e Brasil



No mercado angolano, a aposta é uma rede de supermercados, o primeiro dos quais vai abrir em breve em Luanda; no Brasil são 250 padarias portuguesas.

Vinhos, azeites, enchidos, queijos – os produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro preparam-se para entrar em força nos mercados de Angola e do Brasil, num projecto de internacionalização impulsionado pela Rota do Azeite. O primeiro passo será a abertura, prevista para Agosto, de um supermercado com a marca PITER (produtos de identidade territorial) em Luanda.

O espaço, explicou ao PÚBLICO Jorge Morais, presidente executivo da Rota do Azeite, incluirá, para além do supermercado onde 90% dos produtos são da região, uma cafetaria, uma agência de viagens e um centro empresarial com gabinete de consultoria nas áreas de contabilidade e serviços jurídicos, que apoiará os empresários que queiram investir em Angola. Tudo possível graças à parceria com um sócio angolano, ligado ao sector do turismo e à área alimentar, que arcou com todo o investimento – 2,5 milhões de euros nesta fase inicial.

A ideia é que a partir daqui surja uma rede destes supermercados em todas as províncias de Angola, e que depois esta se alargue a outros países de África Austral, sempre com o mesmo sócio, com o qual existe um contrato de exclusividade para este alargamento.

Mas se o projecto angolano é o que está mais avançado, muito em breve também o estado 
de São Paulo, no Brasil, receberá os produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro. No caso brasileiro a abordagem foi diferente, afirma Jorge Morais. “O Brasil era para ser o projecto-piloto da nossa estratégia de internacionalização. Mas fomos confrontados com a burocracia brasileira a nível do licenciamento de alguns dos produtos”.

Se o vinho ou o azeite não representam problema, o mesmo não acontece com produtos como os queijos ou os enchidos – e é preciso não esquecer que um dos grandes trunfos da região é, precisamente, a alheira de Mirandela e todos os produtos de fumeiro. Para além do custo de licenciamento de cada rótulo, incomportável para produtores de menor dimensão, há ainda o problema dos prazos longuíssimos necessários para obter esses licenciamentos.

Apesar disso, através de parcerias com empresas importadoras já estabelecidas no Brasil, o projecto vai avançar, e prevê a colocação dos produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro em 250 lojas da região de São Paulo. A grande aposta do PITER é a diáspora, e sobretudo a diáspora transmontana. Acontece que o presidente da Associação de Padarias do Estado de São Paulo é um transmontano. “Foi esse o canal que nos permitiu chegar às padarias portuguesas, que são 24 mil. Vamos agora abrir um concurso para, entre estas, escolher 250 que possam funcionar como postos de venda e showrooms”, explica o responsável da Rota do Azeite, sublinhando que existe também uma parceria com um banco português que financiará as padarias interessadas.

O grande objectivo é a promoção dos produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro não só nestes dois países, mas noutros que estão a ser estudados. Mas “à boleia” dos produtos transmontanos poderão ir outros, de diferentes regiões. Segundo Jorge Morais, existe já uma parceria com A Poveira, empresa de conservas da Póvoa do Varzim, sendo que a única condição para que as conservas possam fazer parte deste pacote é utilizarem azeite transmontano.

O mesmo acontece com a parceria estabelecida com os fabricantes de chocolate da Casa Grande, que estão neste momento a desenvolver um bombom com o azeite de Trás-os-Montes. Outro produto em estudo é um chocolate com mel do Moxico, Angola, cuja cooperativa é presidida pelo sócio angolano da Rota do Azeite.

Para além dos produtos de maior visibilidade, a Rota do Azeite – que une 15 concelhos da região e integra as Rotas do Douro, juntamente com a do Vinho do Porto e das Vinhas de Cister – vai ainda comercializar em Angola, Brasil e outros futuros mercados, azeitonas, amêndoa e outros frutos secos, cogumelos e ervas aromáticas. Parceira fundamental de todo este processo é a Confraria de Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro, entidade que certifica a qualidade dos produtos, através da atribuição de um selo da Confraria, depois de uma avaliação feita por prova cega.

Para além dos projectos em curso, a PITER está já a preparar a presença em feiras internacionais em 2015, apostando em quatro ou cinco países europeus, e tem entre os seus planos a organização de um festival anual da Alheira de Mirandela em Luanda.

Retalho português em Angola

Há muito que Portugal marca presença no mercado de retalho angolano. O Grupo Teixeira Duarte está no negócio da distribuição alimentar naquele país desde 1996, aproveitando a liberalização do comércio, antes controlado e detido pelo Governo. Através da sua empresa, a CND, detém a grossista Maxi e as lojas Bom Preço.


Fonte: Publico