segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Curso de Confeção de Massas Cozidas




O Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar, no Porto, vai darr início no próximo dia 7 de Outubro a um curso de Confeção de Massas Cozidas.

Este curso destina-se a todos os que pretendam adquirir conhecimentos para a execução autónoma de deiferentes tipos de massas cozidas e decorrera nos dias 7, 8, 9, 10 e 14 de Outubro entre as 17h00 às 22h00 num total de 25 horas de carga horária.

O Custo total são80 euros existindo desconto de 10% para associados da AIPAN, da AHRESP, do IEFP, do SITESE, da ACIP e da ACCCLO.

O curso confere no seu final Certificado de Qualificação , bem como manual de apoio à formação.

Todas as embalagens vão ser certificadas em 2015



Está a aumentar a procura de materiais renováveis e de selos ambientais no mercado de embalagens para bebidas. Em entrevista ao Hipersuper, Ingrid Falcão, responsável da área do Ambiente Tetra Pak em Portugal, revela como a multinacional vai dar resposta a estas novas tendências no mercado nacional.

Hipersuper: Face às novas tendências ambientais no mercado de embalagens para bebidas – aumento da procura de materiais renováveis e de selos ambientais, quais vão ser as grandes apostas da multinacional em Portugal?

Ingrid Falcão: Liderar a excelência ambiental é uma prioridade estratégica. A Tetra Pak é um dos maiores compradores mundiais de madeira para produção de cartão e, nessa medida, a protecção das florestas constitui um aspecto vital para a nossa actividade. Por essa razão, queremos garantir que a matéria-prima utilizada é proveniente de uma fonte gerida de forma responsável e sustentável. Por isso, associámo-nos ao Forest Stewardship Council FSC, organismo internacional e independente que certifica as florestas e a matéria-prima que delas resulta do ponto de vista da responsabilidade ambiental, económica e social.

H: Quais os objectivos a longo prazo?

IG: Até 2020, o nosso objectivo é que todo o cartão utilizado nas embalagens da Tetra Pak a nível mundial seja proveniente de florestas certificadas pelo FSC. Em Portugal, estimamos que, em 2013, sejam distribuídas 600 mil embalagens com certificação FSC (quase 40% do total de embalagens colocadas no mercado), chegando aos 100% em 2015.
A Tetra Pak está também a fazer um grande esforço de investimento para promover a reciclagem junto dos consumidores. Portugal não é excepção. Através da nossa campanha “Sim, é no Amarelo” e da exposição interativa “A Reciclagem das Embalagens da Tetra Pak” já chegámos a mais de seis milhões de pessoas.

H: De que forma vão dar resposta às novas tendências na concepção e desenvolvimento de novas embalagens? No que é que estão a trabalhar os vossos investigadores?

IG: A vertente da inovação tem sido responsável pelo crescimento contínuo da Tetra Pak ao longo de 60 anos de existência, graças à criação de embalagens seguras, com design moderno e cada vez mais funcionais. Não obstante a actual conjuntura, continua a haver espaço para inovar e para oferecer produtos que procurem responder, com competitividade, às necessidades dos nossos clientes, que apresentem um perfil ambiental sólido, proporcionem uma utilização segura, façam um consumo eficiente de energia e de recursos naturais e, ainda, possam ser reciclados.
Para dar resposta a estas exigências, dispomos de 11 centros de Investigação & Desenvolvimento, especializados em diferentes sistemas de embalagem e áreas de negócio.
Os nossos investigadores têm em conta a necessidade de proteger o que é bom, tanto dentro como fora da embalagem. Actualmente, estão a trabalhar, a título de exemplo, no desenvolvimento de sistemas de abertura com base em polietileno de produção vegetal, ajudando a estimular a procura de plásticos renováveis ao longo da cadeia de fornecimento.

H: Como vê o futuro do sector das embalagens para bebidas? Quais vão ser as grandes inovações a curto prazo que os consumidores podem esperar da indústria?

IG: Para o sucesso neste sector é cada vez mais determinante a oferta de um portefólio de embalagens mais amplo, maior eficiência operacional e rapidez de chegada ao mercado, permitindo aos nossos clientes acompanhar as mudanças nas necessidades dos consumidores.
Indo ao encontro desta necessidade, a Tetra Pak anunciou recentemente algumas inovações no seu portefólio de embalagens: a abertura One-Step para a embalagem Tetra Evero Aseptic; o kit de reajuste para a máquina de enchimento de embalagens Tetra Brik Aseptic Edge de 200 e 250 ml; e uma nova solução para as embalagens Tetra Prisma Aseptic.
O desempenho ambiental continuará a ser uma parte fundamental da nossa estratégia, já que desempenha um papel central para o crescimento rentável e sustentável da empresa e dos nossos clientes. Mas, por outro lado, estamos empenhados em manter os custos baixos e em elevar a qualidade e a eficiência operacional, de modo a colocar no mercado soluções de valor acrescentado e a um custo mais baixo.



Fonte: HiperSuper

Reino Unido: Indústria do iogurte cria Yogurt Council



Cinco das empresas líderes no mercado de ioguirtes do Reino Unido - Danone, Emmi , Lactalis Nestlé, Müller e Yoplait - lançaram o Yogurt Council ("conselho do iogurte"), o primeiro órgão indústria do Reino Unido dedicada à promoção iogurte.

 O Yogurt Council será liderada pelo reputado nutricionista Jo Sweetman e terá os seus escritórios em Clerkenwell , Londres.

A organização vai trabalhar para aumentar a consciencialização sobre os benefícios do iogurte. O objetivo do Yogurt Council será ainda fornecer informação credível e conselhos sobre iogurte, levando a uma melhoria do crescimento da categoria.


Mais informação em foodbev.com - The Yogurt Council


Banana da Madeira desfaz-se em sumo para ganhar notoriedade e crescer


Nas últimas décadas, a construção na ilha roubou os melhores terrenos aos bananais e a produção caiu a pique. Transformada em sumo pela Compal, a banana da Madeira ganha visibilidade

Vasco Lourenço guia-nos pelo seu bananal em Madalena do Mar, ilha da Madeira, e vai-nos mostrando os cachos que estão prontos para colher, os que ainda vão ter de esperar, e os que têm umas bananas pequenas e verdes que ainda nem parecem bananas. O clima debaixo das grandes folhas verdes é húmido e quando andamos pisamos os restos das bananeiras já mortas, depois de terem dado o seu cacho.

O homem que nos guia é um dos 2800 produtores de banana da Madeira, grande parte deles com parcelas muito pequenas de terreno. Em conjunto, atingem uma produção anual de 16 mil toneladas do fruto, e um volume de negócios de 12 milhões de euros por ano. Vasco Lourenço está a fazer de guia a um grupo de jornalistas porque a banana da Madeira acaba de ganhar uma nova visibilidade: é a fruta escolhida pela Compal para o novo sumo que a empresa acaba de lançar.

O Compal Clássico Banana da Madeira vem assim juntar-se a outros "clássicos" que a marca lançou para assinalar o seu 60.º aniversário, como o Ameixa Rainha-Cláudia ou o Laranja do Algarve. E, claro, ao mais clássico (e mais antigo) de todos, o de Pêra-Rocha.

Para a Madeira, e sobretudo para a GESBA - Empresa de Gestão da Banana, esta é sobretudo uma oportunidade para reforçar a identidade da banana da ilha, que é, na sua esmagadora maioria (85%), exportada para o continente. E "muito pontualmente" para o mercado espanhol, diz Jorge Dias, gerente da GESBA. "A exportação para fora de Portugal é totalmente marginal."

Criada em 2008, a GESBA pretende sobretudo "consolidar o sector", e não tanto aumentar a produção. Segundo Jorge Dias, há ainda margem de manobra para se conseguir um aumento de produção, mas, sublinha, a banana da Madeira - que no consumo nacional de banana representa actualmente cerca de 10% do total - "será sempre uma banana de nicho".
"O nosso mercado natural é o de Portugal continental, e a nossa estratégia é consolidar esse mercado", afirma o responsável. A diferença de preço entre as bananas da Madeira e as importadas não representa um problema, diz. "Quando o consumidor olha para a banana da Madeira, vê-a como sendo diferente das outras. Ela ocupa um lugar natural no mercado." Por isso, a prioridade é reforçar a marca Banana da Madeira, que "já existe informalmente há muito tempo mas só foi registada há quatro ou cinco anos", e "continuar a apostar nas características que a diferenciam", nomeadamente, o sabor "doce e intenso".
 
Banana em sumo?

É aí que entra a Compal. A empresa de bebidas contactou a GESBA em 2011 para lhe propor lançar um sumo de banana. Inicialmente, a reacção dos próprios produtores foi a mesma que a da maioria do público que ouve falar da ideia pela primeira vez: sumo de banana? Não será demasiado espesso? Mas o departamento de investigação e desenvolvimento da Compal trabalhou a polpa da banana até conseguir uma bebida que, embora mantenha o sabor da banana, tem a consistência de um sumo. E está a lançá-la com uma enorme campanha de publicidade, que passa por muitos contactos em pontos de venda para dar a provar o novo produto.

O objectivo de venda, segundo João Nuno Pinto, da Compal, é atingir os "dois milhões de actos de consumo", ou seja, o equivalente a dois milhões de unidades em garrafa. Para fornecer a polpa de banana necessária não será preciso, para já, aumentar a produção, garantem ambos os lados. A grande aposta é o mercado do continente, mas a Compal admite exportar também o sumo de banana, tal como já exporta outros. "São muito consumidos por portugueses de segunda ou terceira geração em países da Europa", explica João Pinto.

Quem atravessa a Madeira vê bananeiras (a variedade aqui é a Musa acuminata cavendish) por todo o lado. Introduzidas na ilha no século XVI (existe uma referência escrita às bananeiras da Madeira que data de 1552), julga-se que terão vindo das Canárias ou de Cabo Verde, e tornaram-se parte integrante da paisagem. Mas já o foram muito mais.

Quem o lembrou, durante a apresentação do novo sumo, foi o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel Rodrigues Correia. "Os melhores terrenos são disputados pela banana e pela construção civil", disse. E reconheceu até a sua quota-parte de responsabilidade quando estava no pelouro da Habitação. "Fui um dos maiores responsáveis pelo declínio da área agrícola na Madeira. Mas não tínhamos outra alternativa", disse, explicando que na época a habitação social era a prioridade. "Agora estamos noutra fase: consolidada a área de construção, podemos proteger os bananais", que ocupam actualmente 14% da área agrícola da ilha.

E o que é que isto significa para os bananicultores? "Quem tem um hectare de bananeiras numa área de boa produção sempre vai podendo mandar os filhos para a escola, mas sem luxos", resume Vasco Lourenço. Mas o trabalho é muito - cita depois aquela que é a sua máxima: "Bananas são como bebés, precisam de muitos cuidados."
 
Queda na produção

Continua a abrir caminho pelo seu bananal e a mostrar como cada planta (as bananeiras não são árvores, têm um falso tronco constituído por um conjunto de bainhas de folhas, em espiral) está numa fase diferente e precisa de cuidados diferentes. Estamos no pico da produção: embora haja banana todo o ano, metade da produção acontece entre os meses de Julho e Outubro.

"Esta pariu há uns dias", diz Vasco Lourenço, recorrendo à expressão utilizada quando o cacho sai de dentro da bananeira. E se há cachos que podem atingir os 60 quilos, o peso médio anda pelos 35. E, é preciso não esquecer, cada bananeira dá apenas um cacho, e deixa no chão uma "canhota", ou "filha", da qual crescerá a bananeira seguinte.

O maior inimigo das bananeiras é o vento, que pode destruir toda uma produção. É importante também saber que as bananeiras "não gostam do frio" e por isso só se dão bem em terrenos até aos 200 metros de altitude (organizados em socalcos para melhor aproveitamento), mas, por outro lado, "gostam muito de água", cujo consumo por atingir os 23 litros por dia e por bananeira.
 
Se actualmente os bananicultores da Madeira conseguem 16 mil toneladas, no final dos anos 1990 a situação era bastante diferente: a produção atingia as 28 mil toneladas e a banana da Madeira representava 20% do consumo nacional. Apesar disso é ainda hoje uma das culturas mais importantes na economia familiar da ilha.



Fonte: Público

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Pecuária provoca 14,5% das emissões de gases com efeito de estufa

A pecuária é responsável por 14,5% das emissões de gases com efeito de estufa provocadas pelo Homem, anunciou hoje a ONU, estimando que a generalização de práticas já existentes permitiria reduzir essas emissões em 30%.

A conclusão é da agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que hoje lança o relatório "Lidar com as alterações climáticas através da pecuária: Uma avaliação global das emissões e das oportunidades de mitigação", que a organização diz ser a mais vasta análise feita até hoje do impacto da produção animal para o aquecimento global.


Segundo a FAO, as principais fontes das emissões são a produção e processamento de alimento (45% do total), as emissões produzidas pela digestão das vacas (39%) e a decomposição do estrume (10%). O resto é atribuível ao processamento e transporte dos produtos animais.


Todas juntas, as emissões de gases com efeito de estufa resultantes da pecuária equivalem a 7,1 giga toneladas de dióxido de carbono por ano, ou seja, 14,5% de todas as emissões produzidas pela atividade humana.


A agência da Organização para a Alimentação e Agricultura, sediada em Roma, conclui ainda que a aplicação mais generalizada de métodos já existentes, incluindo a mudança da dieta dos animais e uma produção mais eficiente dos alimentos para o gado, permitiriam reduzir as emissões em 30%.

"Estas descobertas mostram que o potencial de melhoria do desempenho ambiental do setor é significativo", disse Ren Wang, diretor-adjunto da FAO para a agricultura e a proteção do consumidor.


Wang afirma ser "imperativo agir agora" para reduzir as emissões do setor, uma vez que a procura de carne e de leite está a aumentar de forma muito rápida, em especial nos mercados emergentes.


Fonte: Notícias ao Minuto